"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A Importância dos Grupos de Pesquisa na formação acadêmica do Historiador

A formação acadêmica do historiador é um processo multifacetado que vai além da mera assimilação de conteúdos. Trata-se de um percurso de desenvolvimento de habilidades críticas, analíticas e interpretativas, bem como de aprimoramento de técnicas de pesquisa e produção textual. Nesse contexto, os grupos de pesquisa assumem um papel fundamental, oferecendo um ambiente propício para o aprendizado colaborativo e a troca de experiências entre pares.

Em nosso grupo de pesquisa, recentemente fizemos uma brincadeira audiovisual: filmar formigas em seu habitat natural, simulando um ambiente de trabalho em equipe. Através dessa experiência lúdica, pudemos observar de forma divertida e intrigante como esses pequenos insetos colaboram entre si para realizar tarefas complexas. As formigas, sem qualquer planejamento formal, demonstravam organização, comunicação e divisão de trabalho, características essenciais para o sucesso de qualquer pesquisa.



Assim como as formigas, os historiadores que integram um grupo de pesquisa se beneficiam da colaboração mútua para alcançar seus objetivos. Através do diálogo interativo, do compartilhamento de ideias e da divisão de tarefas, o trabalho em equipe permite:

  • Ampliar a visão e o conhecimento: Cada membro do grupo contribui com suas experiências e perspectivas singulares, enriquecendo o debate e abrindo novas possibilidades de análise.
  • Aprimorar habilidades de comunicação: A necessidade de articular ideias e argumentos com clareza e precisão para seus pares desenvolve a comunicação oral e escrita dos participantes.
  • Desenvolver o senso crítico: A constante troca de ideias e a análise crítica de diferentes pontos de vista aguçam o senso crítico e a capacidade de questionar e problematizar as fontes históricas.
  • Aprender com a experiência dos outros: O contato com colegas mais experientes permite aos alunos aprender com seus erros e acertos, acelerando seu processo de aprendizagem e desenvolvimento profissional.
  • Superar desafios e obstáculos: A união de esforços e a colaboração mútua facilitam a superação de desafios e obstáculos que podem surgir durante a pesquisa.
O vídeo produzido com uma brincadeira com as formigas, embora simples, nos ensinou valiosas lições sobre a importância do trabalho em grupo na pesquisa histórica. Através da colaboração, do diálogo e da troca de experiências, os grupos de pesquisa se tornam verdadeiros laboratórios de aprendizagem, onde os futuros historiadores podem desenvolver as habilidades e conhecimentos necessários para uma carreira profissional de sucesso.

O GPHAVI, como grupo de pesquisa dedicado à História Ambiental, oferece um espaço propício para que estudantes e pesquisadores se engajem em projetos inovadores e relevantes para a sociedade. Através da participação em suas atividades, os membros do grupo podem aprofundar seus conhecimentos sobre a temática, desenvolver suas habilidades de pesquisa e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica.

Convidamos todos os interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre a História Ambiental e em desenvolver suas habilidades de pesquisa a se unirem ao GPHAVI. Juntos, podemos construir um futuro mais promissor para a pesquisa histórica e para a sociedade como um todo.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

TBT: Adaptação do GPHAVI durante a Pandemia COVID-19

Durante o período da COVID-19, o contato humano sofreu um impacto significativo. No GPHAVI, costumávamos ter um contato frequente, principalmente devido à nossa sala de laboratório dedicada, onde os bolsistas trabalhavam em suas Iniciações Científicas. Realizávamos reuniões semanais para estudos e orientações, mas tudo mudou com a chegada da pandemia.

No início, foi uma fase de adaptação, buscando encontrar novas formas de interação. A descoberta e familiarização com ferramentas de videoconferência tornaram-se essenciais, gradualmente substituindo nossos encontros presenciais pelo ambiente virtual. Para registrar e relembrar esse momento desafiador, produzimos até um vídeo, compartilhado em nosso canal.
Após a COVID-19 retomamos os encontros presenciais. Esperamos ansiosos por momentos de união para estudos e orientações, revivendo a experiência de aprendizado e colaboração que tanto valorizamos em nosso grupo nestes 19 anos de existência.

As mudanças foram desafiadoras, mas nosso comprometimento e adaptabilidade nos permitiram manter viva a essência do GPHAVI. Estamos ansiosos para um futuro próximo, repleto de oportunidades de aprendizado e colaboração presencial. Fiquem atentos para mais atualizações e novidades em nosso canal. Juntos, estamos ansiosos para escrever os próximos capítulos dessa jornada de descobertas e aprendizados!

Vamos reviver assistindo o vídeo:



terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Explorando o tema da Caça no Vale do Itajaí: Um Vídeo Imperdível!

Olá pessoal!

Estou empolgado para compartilhar um material valioso sobre a caça no Vale do Itajaí. No nosso canal do GPHAVI, disponibilizamos um vídeo instigante ministrado pelo ecologista Lauro Eduardo Bacca. Ele aborda diversos aspectos sobre a prática da caça na região e suas implicações no ecossistema local. Vale a pena conferir!



A caça, infelizmente, tem sido um fator desafiador para a preservação dos ecossistemas locais. Algumas pesquisas de Iniciação Científica feitas no GPHAVI demonstram como ela é presente na História e pode ser um fator que desestabiliza a ecologia do ambiente. As pesquisas revelam um valioso registro histórico da memória dos moradores de propriedades no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí acerca da fauna . Estes relatos resgatam lembranças das caçadas e dos animais que habitavam a região.

Os resultados demonstraram a intensidade das caçadas na região e evidenciaram como essa prática excessiva levou à extinção de duas espécies nativas: a Anta (Tapirus terrestris) e a Jacutinga (Pipile jacutinga). Em relatos dos moradores locais, é possível entender como a caça era comum, inclusive dentro do parque.

As entrevistas realizadas pelo Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí revelam detalhes marcantes. Moradores de Botuverá mencionaram avistamentos frequentes de antas e jacutingas, indicando a presença dessas espécies na região. Também foram compartilhadas práticas relacionadas aos animais caçados, como o aproveitamento dos restos mortais. Segundo relatos, "o couro das antas era vendido, e o que sobrava ficava com um morador que posteriormente também comercializava".

Entretanto, as lembranças dos moradores são acompanhadas por um lamento pelo desaparecimento progressivo dessas espécies. Em um relato, um morador da Nova Rússia menciona a extinção das antas na região, atribuindo o desaparecimento à caça e à destruição do habitat.

Ao refletir sobre esses documentos, é evidente a conexão entre as memórias dos moradores e a triste realidade do desaparecimento das espécies nativas. As lembranças de uma fauna abundante remetem à preocupante situação atual de perda da biodiversidade.

A preservação da fauna local se torna uma reflexão crucial à medida que exploramos esses relatos, reforçando a necessidade de ações efetivas para proteger e conservar nossa rica biodiversidade.


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