"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Como começar a fazer História Ambiental?

Uma boa maneira de começar os estudos, projetos e pesquisas, e produção de conhecimento na área da  História Ambiental, é conhecer o numero 8 do volume 4 da Revista Estudos Históricos de 1991 Na publicação denominada de História e Natureza, estão presente estudos considerados pioneiros/clássicos, e que ensinam como pode ser feita a História Ambiental. Eles dão uma boa base inicial: A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa, de José Augusto Drummond, e Para fazer história ambiental de Donald Worster.  São publicações que marcaram a história da História Ambiental no Brasil e que são muito citadas nas publicações decorrentes da expansão da área no país. Além esses estudos, no número você encontrará textos de Mary Louise Pratt, Antonio Carlos Robert Moraes, Lívia Barbosa, Stephen Greenblatt, e do historiador estadunidense brasilianista, e reconhecido como um dos pioneiros da área da História Ambiental no Brasil, Warren Dean! Vale muito a pena conferir, veja o número completo clicando aqui.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Pesquisadores do grupo apresentam resultados de suas pesquisas no XIX Encontro Nacional da ANPUR

Pesquisadores do grupo aprovam estudo no XIX Encontro Nacional da ANPUR. O estudo História do Desenvolvimento do Parque da Malwee e sua região em Jaraguá do Sul - SC: uma análise do processo de ocupação e desenvolvimento das margens do Rio Jaraguá no Vale do Itapocu, será apresentado pelo mestrando em Desenvolvimento Regional Kayuã Girardi, e publicado em Anais de Evento. O texto é decorrente de uma IC do FUMDES realizada pelos estudantes Kayuã e Juliano. Em breve divulgaremos a publicação do texto.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

O papel da História Ambiental?

Se o papel do Historiador é lembrar a sociedade daquilo que ela quer esquecer! A História Ambiental tem um papel importante na educação para um futuro "quizá" mais sustentável que hoje. A História Ambiental como uma forma de "praticar a Ciência História", possui as particularidades do ofício do historiador, mas com uma maior versatilidade transdisciplinar, integrativa. Com isso ela pode revolucionar a forma como se produz o conhecimento histórico, e a forma como esse conhecimento se insere nas revoluções sociais. É uma abordagem teórica e metodológica que integra os conhecimentos numa abrangência “planetária”, como afirma Edgar Morin em sua obra Terra Pátria, e em muitas outras. O historiador ambiental deve lembrar a sociedade sobre as consequências do seu modelo de vida, dos problemas ocasionadas pelas escolhas de ordenamento econômico, do uso da natureza como recurso econômico, pois não somos o único ser vivo que vive na Terra, e a vida e seu pleno funcionamento necessita de uma complexa relação, interação e de interdependência. Vivemos no Antropoceno, e a produção do conhecimento deve estar atenta a isso! E a História Ambiental segue esse percurso...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Um pouco da História Ambiental das comunidades de pescadores Costeira e Ribeira no Canal do Linguado - SC

Em 2015 as pesquisas realizadas pelo grupo no litoral instigaram os pesquisadores a investigar  través da História Ambiental, as comunidades de pescadores tradicionais da região do Canal do Linguado, em Santa Catarina. Em 20015 foi submetido o projeto de IC Canal do Linguado (norte da zona costeira do Estado de Santa Catarina): um estudo de história ambiental das comunidades tradicionais de pescadores, e desenvolvida com fomento de bolsas de IC pelo edital SED/FUMDES/Artigo 171 de 2015, com a participação de dois bolsistas, o estudante de História Wilham Verner Zilz e de Ciências Biológicas Dilso Roecker Junior. A pesquisa foi desenvolvida em duas comunidades situadas ao longo do canal do Linguado, norte da zona costeira do Estado de Santa Catarina. Uma situada a montante na margem esquerda do canal localizada no município de São Francisco do Sul, a comunidade da Ribeira; a outra situada à jusante da margem direita do canal no município de Barra do Sul. A Iniciação Científica contribuiu com o conhecimento sobre a região, e integrou outras pesquisas em desenvolvimento pelo Edital Pró-Integração n. 55/213, e os projetos interdisciplinares de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEA e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional- PPGDR da Universidade Regional de Blumenau, e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) de Portugal. Os resultados da pesquisa foram publicados na Revista da Universidade do Vale do Rio Verde, no volume 15, número 2 de agosto/dezembro de 2017. 
De modo geral, esta pesquisa permitiu o aprofundamento sobre a história das comunidades, a tecnologia empregada e sua evolução, as formas de uso do solo, a atividade pesqueira e as mudanças ambientais, permitindo esboçar um horizonte para as próximas gerações de pescadores artesanais, sobretudo, evidenciando os problemas ambientais ocasionados em decorrência da antropização do território. A pesca artesanal no seu início apresentava diversas dificuldades ao pescador, que com o passar do tempo, e a evolução das tecnologias facilitaram sua vida, mas também mudaram o seu cotidiano. Permitiu aos pescadores uma autonomia maior, ao passo que facilitou o escoamento de sua produção, pois o pescador parou de “trocar”, para comercializar a grande parte do pescado. O processo de modernização da pesca e da urbanização desvinculou a continuação do uso do solo para agricultura familiar, visto que adventos possibilitaram acesso mais fácil a centros comerciais além de um adensamento da população. Assim, a urbanização e a tecnologia, de fato facilitaram a atividade pesqueira, mas os usos tecnológicos para construções de grandes empreendimentos e o avanço desenfreado e não planejado da urbanização e consequentemente as transformações ambientais fragilizaram o ecossistema das comunidades de pescadores. Nesse sentido, os pescadores, se sentem preocupados com o futuro da pesca artesanal, por consequência das transformações ambientais tanto antropológicas, alterando a paisagem, quanto naturais.  Para ver os resultados identificados nesta pesquisa de IC, acesse aqui o artigo publicado pelos bolsistas na revista clicando aqui.