"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Ocorreu nos dias 18 e 19 de dezembro o IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil

https://labhen.historia.ufrj.br/encontro-virtual-de-grupos-de-pesquisa-e-laboratorios-de-historia-ambiental-do-brasil/

O IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil, organizado pelo LabHeN - Laboratório de História e Natureza da UFRJ, reuniu estudos de todas as regiões do país entre 18 e 19 de dezembro de 2023. O evento ocorre desde 2020, época da pandemia de COVID-19, desde então, o LabHeN tem promovido encontros virtuais regulares para promover a interação entre pesquisadores da área da História Ambiental.

Este ano o tema do evento foi Histórias Ambientais, Antropoceno e ecossistemas marinhos: desafios e possibilidades. A mesa de abertura do evento foi proferida pela Dra. Cristina Brito, do Centro de Humanidades da Universidade NOVA de Lisboa. Em sua palestra, a pesquisadora abordou a história humana da vida marinha, apresentando as pesquisas desenvolvidas no campo da História Ambiental Marinha conhecendo de que forma a vida marinha e a sociedade humana se relacionaram nos 2000 anos antes da era industrial. 

Ocorreram diversas apresentações de estudos de História Ambiental representando os grupos e laboratórios do Brasil, essas apresentações estão organizadas em 6 mesas. A seguir organizamos os vídeos do IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil:

Mesa de abertura do IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil




Mesa 1 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil




Mesa 2 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil



Mesa 3 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil





Mesa 4 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil






Mesa 5 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil


Mesa 6 - IV Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Blogger do grupo alcança 190 mil visualizações nos seus 14 anos de funcionamento.

O Blogger do GPHAVI completa 14 anos com 190 mil visualizações. Uma das ferramentas que utilizamos para divulgar nossas atividades acadêmicas e científicas é o blog do GPHAVI, criado em 2009. Ao longo desses 14 anos, o blog vem sendo alimentado com informações sobre nossas atividades e sobre a História Ambiental no geral. Hoje, comemoramos um marco importante: atingimos a marca de 190 mil visualizações no blog. Isso representa uma grande satisfação para o grupo, pois demonstra que o nosso trabalho está sendo visto pelo mundo. Para celebrar essa conquista, compartilhamos alguns gráficos que mostram a quantidade de acessos e a origem dos acessos ao blog.

Como podemos ver, o blog tem uma audiência internacional significativa, com mais visualizações de estrangeiros do que de brasileiros. Isso é muito curioso e nos motiva a continuar produzindo conteúdo de qualidade para um público cada vez mais amplo.





segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Mensagem de final de ano e retrospectiva 2023

 


Estamos chegando ao fim de mais um ciclo solar, o ano de 2023. Durante esse ano, realizamos diversas reuniões usando o Google Meet ou no Teams, nas quais conversamos sobre as iniciações científicas, publicações e atividades do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí. 

A água esteve em voga neste ano. Diversas atividades científicas analisaram a água no Vale do Itajaí, tendo como projeto central História ambiental e desenvolvimento regional da água na bacia hidrográfica do rio Itajaí (SC). Esse projeto está ramificado em outras atividades científicas, como trabalhos de conclusão de cursos e iniciações científicas. O grupo também teve seu primeiro pós-doutorado em curso, com orientação do professor Gilberto. 

As principais atividades estiveram nas iniciações científicas, onde tivemos diversos estudantes da graduação, dos cursos de História, Ciências Sociais e Pedagogia. Foram desenvolvidos os projetos Uma abordagem interdisciplinar no estudo da água na bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu (SC) e História ambiental da água no Vale do Itajaí (SC) nas publicações da Revista Blumenau em Cadernos (1980 a 1999). Também conseguimos publicar textos na MIPE e em periódicos, como os estudos Influência do clima nos imigrantes europeus do Vale do Itajaí-SC (século XIX), publicado na revista Ars Histórica, e A introdução de espécies vegetais no vale do Itajaí-Açu (Santa Catarina) no século XIX, publicado na Acta Geográfica. 

Também na estrutura física de nosso laboratório. Uma enorme conquista dos militantes pesquisadores em conseguir um espaço para ter o laboratório de História Ambiental do Vale do Itajaí. No espaço que estamos agora foram 10 anos de atividades. Mudanças na sala estão acontecendo, vamos esperar o que vai acontecer! Haverá um novo centro de pesquisas de História, onde estaremos juntos! Encerramos o ano de atividades confraternizando no Paiol da FURB, muitos não puderam ir, mas jantamos bem! Os guerreiros do fim! 

Foi um ano onde as práticas pós covid permaneceram, e neste novo ciclo solar retomaremos as atividades presenciais, pois muitos de vocês apenas viveram a web conferência! 

Agradecemos a participação de todos os estudantes da graduação e pós-graduação, e desejamos a todos um feliz final de ciclo, e que o sol brilhe forte para todos em 2024. 

Um fraterno abraço Equipe do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Encerramento das atividades acadêmicas e de pesquisa em 2023

No encerramento das atividades acadêmicas do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí - GPHAVI e do Laboratório de Ecologia e Ornitologia - LABEO, realizado hoje, reuniram-se os membros para marcar o encerramento de mais um ciclo. Este encontro encerra um período de 19 anos e contou com a presença dos membros que perseveraram até o fim. Na imagem da esquerda para a direita estão: o pesquisador Dr. Martin Stabel Garrote, o pesquisador Dr. Carlos Eduardo Zimmermann, a pesquisadora Dr.a Vanessa Dambrowski, e Martin Dambrowski Stabel Garrote, que sempre participou dos encerramentos durante estes 19 anos de atividade.

domingo, 12 de novembro de 2023

A Evolução da Piscicultura e seu Impacto no Desenvolvimento e Meio Ambiente de Blumenau-SC

Em 2009, o pesquisador Martin, sob a orientação do Dr. Marcos Antônio Mattedi, do Núcleo de Estudos da Tecnociência da FURB, conduziu uma pesquisa de História Ambiental com influência dos estudos de Bruno Latour sobre a piscicultura e a formação de uma rede sociotécnica nessa atividade. Como desdobramento desse estudo, foi elaborada a dissertação de mestrado intitulada "A Rede Sociotécnica da Piscicultura: Desenvolvimento e Meio Ambiente no Município de Blumenau-SC".

A piscicultura tem raízes antigas na China e na Europa, propagando-se globalmente ao longo do tempo, adaptando-se às características dos territórios onde foi estabelecida. Blumenau, com seus 519,837 km², localiza-se em 26º 55'08" S e 49° 03' 57" O, fazendo fronteira com Massaranduba, Jaraguá do Sul, Botuverá, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Luiz Alves e Gaspar. Esta região, colonizada por alemães, russos, prussianos, poloneses, italianos e outros grupos no século XIX e início do XX, floresceu com o surgimento das indústrias têxteis no início do século XX, tornando-se um polo de desenvolvimento no Vale do Itajaí. A história da piscicultura entrelaça-se à história de Blumenau, sendo introduzida no território graças ao crescimento e à disseminação de políticas de extensão agrícola de organizações internacionais como a FAO, o CERLA, e nacionais como a DNOS, ACARPESC, ACARESC e FUNPIVI, além das condições naturais e contextos socioculturais, econômicos e políticos locais.

A prática de criação de peixes na região de Blumenau iniciou-se com a colonização no século XIX, principalmente para subsistência, mas não se desenvolveu devido à falta de acesso a tecnologias e conhecimentos. As características naturais e as dificuldades de manutenção da atividade limitaram seu crescimento. Entre 1960 e 1990, uma série de fatores políticos e socioeconômicos favoreceram a expansão de novas atividades rurais, impactando pequenos produtores e consumidores de baixa renda. Entidades governamentais, organizações do terceiro setor, universidades, técnicos e indústrias começaram a impulsionar o desenvolvimento da piscicultura, consolidando-a na região de acordo com as possibilidades naturais e culturais do território.

A partir de 1990, uma rede sociotécnica da piscicultura se estabeleceu, envolvendo diversos atores humanos e não humanos. Essa rede proporcionou soluções e inovações, enfrentando desafios passados e presentes, expandindo-se para toda a região e influenciando o desenvolvimento de Blumenau. No entanto, o crescimento da piscicultura não considerou a sustentabilidade da atividade, causando mais danos ambientais do que benefícios.

Em síntese, a prática da piscicultura se consolidou na microrregião de Blumenau graças à participação de políticas públicas, organizações do terceiro setor, universidades, técnicos e indústrias, que incentivaram a atividade e a adaptaram às características do território. Diversos atores passaram a integrar e a desenvolver a piscicultura, gerando crescimento e impactos positivos e negativos no meio ambiente de Blumenau. Quer conhecer o estudo na integra, é só clicar aqui!

domingo, 1 de outubro de 2023

Pesquisadores publicam artigo em Dossiê de História Ambiental na Revista Ars Histórica

A Revista ARS HISTORICA é um periódico de História associado ao Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS - UFRJ). Em sua 25ª edição, a Revista apresentou o Dossiê Temático "Diálogos em História Ambiental: novas abordagens, fontes e análises sobre a interação entre seres humanos e o ambiente na era do Antropoceno". Esta publicação é reflexo do esforço dos pesquisadores em aprofundar as discussões sobre História Ambiental, explorando suas potencialidades e interligações. Dentre os artigos destacados, encontra-se o trabalho intitulado "A influência das condições climáticas nos imigrantes europeus do Vale do Itajaí-SC (século XIX)", elaborado por Gilberto Friedenreich dos Santos (USP), Suzana Beatriz Petters (FURB), Juliano João Nazário (FURB) e Martin Stabel Garrote (FURB). Este artigo explora o processo de aclimatamento dos colonos europeus no Brasil por meio da análise de relatos colaborativos, buscando compreender o impacto do clima na adaptação desses imigrantes na região sul do país durante o século XIX. Se ficou interessado acesse o estudo dos autores clicando aqui!

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Apontamentos sobre o ciclo hidrossocial no Antigo Egito


O rio Nilo foi uma dádiva para os egípcios. Ele fornecia água para a irrigação, o transporte, a pesca e o abastecimento de água potável. Os egípcios desenvolveram uma série de tecnologias e técnicas para aproveitar ao máximo os recursos hídricos do Nilo.

O ciclo anual de cheias do Nilo era fundamental para a agricultura egípcia. As cheias depositavam um fino limo sobre as margens do rio, que era extremamente fértil. Os egípcios usavam o limo para irrigar suas plantações, que incluíam trigo, cevada, linho e frutas.
Os egípcios também usavam o Nilo para transportar mercadorias e pessoas. Eles construíram uma rede de canais que conectava as principais cidades do Egito. Os canais eram usados para transportar mercadorias agrícolas, como grãos e linho, e também para transportar materiais de construção, como pedra e madeira. Os egípcios também eram pescadores experientes. Eles pescavam no Nilo e nos lagos e pântanos próximos. A pesca era uma importante fonte de alimento para os egípcios. 
Além da irrigação, do transporte e da pesca, os egípcios também usavam a água para o abastecimento de água potável. Eles construíram reservatórios e aquedutos para armazenar e distribuir água potável para as cidades e aldeias.

O ciclo hidrossocial no Antigo Egito pode ser dividido em três fases:
  • Período pré-dinástico (4.500 a.C. - 3.100 a.C.): Nesse período, os egípcios desenvolveram as primeiras tecnologias para aproveitar a água do Nilo. Eles começaram a construir canais de irrigação e reservatórios de água.
  • Período dinástico (3.100 a.C. - 332 a.C.): Nesse período, o Egito se tornou uma civilização avançada. Os egípcios construíram uma grande rede de canais e reservatórios para irrigar suas plantações. Eles também construíram uma série de monumentos e templos que exigiam grandes quantidades de água.
  • Período greco-romano (332 a.C. - 641 d.C.): Nesse período, o Egito foi dominado por gregos e romanos. Os gregos e romanos continuaram a desenvolver as tecnologias egípcias de irrigação.
O ciclo hidrossocial no Antigo Egito é um exemplo de como uma sociedade pode adaptar-se ao uso da água. Os egípcios desenvolveram uma série de tecnologias e técnicas para aproveitar ao máximo os recursos hídricos do Nilo. Essas tecnologias e técnicas permitiram que os egípcios construíssem uma civilização próspera e duradoura.

Algumas tecnologias e técnicas desenvolvidas pelos egípcios para aproveitar a água: 
  • Canais de irrigação: Os canais de irrigação eram construídos para levar água do Nilo para as terras agrícolas. Os canais eram escavados manualmente ou com a ajuda de animais.
  • Reservatórios de água: Os reservatórios de água eram construídos para armazenar água para uso durante a estação seca. Os reservatórios eram feitos de pedra ou argila.
  • Aquedutos: Os aquedutos eram construídos para transportar água para as cidades. Os aquedutos eram feitos de pedra ou concreto.
  • Bombas hidráulicas: As bombas hidráulicas eram usadas para bombear água do Nilo para irrigar as plantações. As bombas eram feitas de madeira ou pedra.
  • Moinhos de água: Os moinhos de água eram usados para moer grãos e outros alimentos. Os moinhos eram movidos pela força da água.
Essas tecnologias e técnicas permitiram que os egípcios desenvolvessem uma agricultura próspera e uma economia florescente.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

O ciclo hidrossocial no antigo Império Romano

Os romanos (na Antiga Roma) tiveram muitas ideias de como usar a água para o seu desenvolvimento e progresso social. Se considerarmos o ciclo hidrossocial sendo um conceito que descreve a interação entre a água e a sociedade,  podemos perceber três elementos principais: a água, a sociedade e a tecnologia. A água é um recurso essencial para a vida humana. Ela é necessária para beber, comer, lavar, irrigar e produzir energia. A sociedade é o conjunto de pessoas que vivem em um determinado lugar. A tecnologia é o conjunto de ferramentas e técnicas que as pessoas usam para interagir com o meio ambiente.

No antigo Império Romano, o ciclo hidrossocial era caracterizado por um alto nível de adaptação da sociedade ao uso da água. Os romanos desenvolveram um sistema avançado de aquedutos, fossas sépticas e sistemas de esgoto. Esses sistemas permitiram que as cidades romanas crescessem e prosperassem. O sistema de aquedutos romanos era um dos mais avançados do mundo antigo. Ele transportava água de fontes distantes para as cidades romanas. Os aquedutos eram construídos com pedra e concreto e eram capazes de transportar grandes volumes de água.

Os romanos também desenvolveram um sistema avançado de fossas sépticas e sistemas de esgoto. As fossas sépticas eram usadas para coletar e tratar os esgotos domésticos. Os sistemas de esgoto eram usados para transportar os esgotos das cidades para fora dos centros urbanos. Esses sistemas de água e esgoto permitiram que as cidades romanas crescessem e prosperassem. Eles melhoraram a saúde pública e a qualidade de vida dos romanos. 
A história ambiental do ciclo hidrossocial no antigo Império Romano pode ser dividida em três períodos:
  • Período inicial (século VII a.C. - século II a.C.): Nesse período, os romanos começaram a desenvolver sistemas de água e esgoto. Os primeiros aquedutos foram construídos e as primeiras fossas sépticas foram instaladas.
  • Período de expansão (século II a.C. - século II d.C.): Nesse período, o Império Romano expandiu-se para o Mediterrâneo e para a Europa. Os romanos construíram novos aquedutos e sistemas de esgoto para atender às necessidades das novas cidades.
  • Período de declínio (século III d.C. - século V d.C.): Nesse período, o Império Romano entrou em declínio. Os sistemas de água e esgoto foram negligenciados e começaram a se deteriorar.

A história ambiental do ciclo hidrossocial no antigo Império Romano é um exemplo de como a sociedade pode adaptar-se ao uso da água. Os romanos desenvolveram sistemas avançados de água e esgoto que permitiram que as cidades romanas crescessem e prosperassem.

sábado, 16 de setembro de 2023

A importância da água no desenvolvimento regional da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí

Esta postagem apresenta os objetivos e metodologia de uma pesquisa em andamento sobre a história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí, no período de 1850 a 2020. A pesquisa está relacionada com a temática das Humanidades Ambientais e tem como objetivo geral analisar a importância da água no processo de desenvolvimento regional. 

A água é um recurso natural essencial para a vida, sendo fundamental para o desenvolvimento econômico e social. Na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí, os diferentes usos da água determinam o desenvolvimento das comunidades que vivem na região.

A chegada dos imigrantes europeus na segunda metade do século XIX foi um marco na história da bacia, pois trouxe novas formas de apropriação dos recursos hídricos. A agricultura irrigada, a indústria e o turismo são os principais usos da água na região, e todos eles tiveram um impacto significativo no desenvolvimento regional.

No entanto, o crescimento da população e o aumento da demanda por água têm levado a uma série de problemas ambientais, como a poluição e a escassez. A pesquisa em andamento busca analisar a história ambiental da água na bacia, com o objetivo de compreender a importância desse recurso para o desenvolvimento regional e de propor estratégias para a sua conservação.

O objetivo geral da pesquisa é analisar a história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí no período de 1850 a 2020. Os objetivos específicos são:

Analisar as impressões sobre a água na história da região;

Identificar e analisar o processo de usos da água e de degradação ambiental da água na região;

Identificar e analisar os conflitos sobre a água na história da região;

Compreender a importância da água no desenvolvimento regional.

A pesquisa é de caráter histórico descritivo qualitativo. A abordagem metodológica é interdisciplinar, abrangendo ciências como História, Geografia e Desenvolvimento Regional. A pesquisa será realizada por meio de pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas com atores-chave da região. Os dados coletados serão analisados a partir da perspectiva histórica ambiental. Por ser um projeto amplo, o grupo estará desenvolvendo Iniciações Científicas com estudantes da graduação para responder os objetivos.

Já foram realizadas as seguintes ICs para atender o projeto:

  • História Ambiental da Água no Vale do Itajaí (SC) nas Publicações da Revista Blumenau em Cadernos (1980 a 1999) (Fomento bolsa UNIEDU - Estado de Santa Catarina - projeto em andamento...)

  • Uma abordagem interdisciplinar no estudo da água na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-açu (Fomento de bolsa PIBIC CNPQ - projeto em andamento ...)

  • Abordagens de História Ambiental nas publicações da Blumenau em Cadernos (SC) (Fomento bolsa UNIEDU - Estado de Santa Catarina - projeto finalizado)

  • A água na História do Vale do Itajaí - SC: uma análise das publicações da Revista Blumenau em Cadernos de 1957 a 1979 (Fomento PIBIC- CNPq - projeto finalizado)

A pesquisa em andamento tem o potencial de contribuir para o conhecimento sobre a importância da água no desenvolvimento regional da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí. Os resultados da pesquisa adquiridos através das Iniciações Científicas poderão ser utilizados para o desenvolvimento de políticas públicas e ações de conservação dos recursos hídricos na região.

Acompanhe o nossas publicações para saber mais!

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Como usar História Ambiental nas aulas de História

A
história ambiental pode ser uma ferramenta poderosa de ensino e conscientização. Ela pode ajudar os alunos a entender as relações entre a sociedade e o meio ambiente, e a desenvolver uma consciência ambiental crítica.

Aqui estão algumas dicas para usar a história ambiental em suas aulas de história:
  • Comece com uma pergunta ou problema. O que você quer que seus alunos aprendam sobre a relação entre a sociedade e o meio ambiente? Uma boa pergunta ou problema pode ajudar a orientar seus alunos em sua investigação.
  • Use uma variedade de fontes. A história ambiental é uma disciplina interdisciplinar, por isso é importante usar uma variedade de fontes, incluindo documentos históricos, obras literárias, arte e artefatos arqueológicos. Isso ajudará seus alunos a entender as diferentes perspectivas sobre as questões ambientais.
  • Envolver os alunos na investigação. A melhor maneira de os alunos aprenderem sobre a história ambiental é envolvê-los na investigação. Você pode fazer isso pedindo-lhes que pesquisem um tópico, que escrevam um ensaio ou que criem um projeto.
  • Conecte a história ambiental ao mundo atual. A história ambiental não é apenas sobre o passado. Ela também pode ajudar os alunos a entender as questões ambientais do mundo atual. Você pode fazer isso discutindo as implicações das descobertas históricas para as nossas ações atuais.
Aqui estão alguns exemplos específicos de como você pode usar a história ambiental em suas aulas de história:
  • Em uma aula sobre a Revolução Industrial, você pode discutir como a poluição do ar e da água causou problemas de saúde pública.
  • Em uma aula sobre a colonização da América do Norte, você pode discutir como os europeus contribuíram para a extinção de espécies nativas.
  • Em uma aula sobre a Guerra Civil dos Estados Unidos, você pode discutir como a guerra teve um impacto negativo no meio ambiente.
A história ambiental é um campo em rápido crescimento, e há muitos recursos disponíveis para professores. Você pode encontrar livros, artigos, sites e vídeos sobre a história ambiental. Você também pode participar de conferências e workshops sobre o assunto. Ao usar a história ambiental em suas aulas de história, você pode ajudar seus alunos a desenvolver uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor. Você também pode ajudá-los a se tornarem cidadãos mais conscientes e ativos.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

História Ambiental e Educação Ambiental: como gerar mudança de comportamento rumo ao desenvolvimento sustentável

A História Ambiental é um campo de estudo que busca compreender as relações entre a sociedade e o ambiente ao longo do tempo. Ela estuda como as atividades humanas têm impactado o meio ambiente e como, por sua vez, as mudanças ambientais têm afetado a sociedade. A Educação Ambiental é um processo educativo que visa sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre a importância da conservação ambiental. Ela busca promover o desenvolvimento de valores e atitudes que levem à adoção de práticas sustentáveis. Essas duas áreas de conhecimento estão intimamente relacionadas, pois ambas buscam promover a compreensão das relações entre a sociedade e o ambiente. A História Ambiental pode fornecer informações valiosas para a Educação Ambiental, ajudando-a a compreender os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento sustentável.

Ao estudar ou pesquisar História Ambiental e Educação Ambiental, você pode se tornar uma pessoa melhor para esse mundo de várias maneiras. Em primeiro lugar, você pode desenvolver uma compreensão mais profunda das relações entre a sociedade e o ambiente. Isso pode ajudá-lo a tomar decisões mais informadas sobre seu impacto no meio ambiente. Em segundo lugar, você pode desenvolver uma maior sensibilidade às questões ambientais. Isso pode motivá-lo a adotar práticas mais sustentáveis em sua vida pessoal e profissional. Em terceiro lugar, você pode se tornar um ativista ambiental. Você pode usar seu conhecimento e habilidades para ajudar a promover o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental.

Aqui estão algumas maneiras específicas de como a História Ambiental e a Educação Ambiental podem gerar mudança de comportamento rumo ao desenvolvimento sustentável:

A História Ambiental pode ajudar as pessoas a entender as causas e as consequências das mudanças ambientais. Isso pode motivá-las a adotar práticas sustentáveis para evitar ou mitigar essas mudanças. A Educação Ambiental pode ajudar as pessoas a desenvolver valores e atitudes sustentáveis. Isso pode levar a mudanças de comportamento em áreas como consumo, produção e descarte de resíduos. 

Ambas as áreas podem ajudar as pessoas a se envolverem em ações coletivas para promover o desenvolvimento sustentável. Isso pode incluir atividades como ativismo, voluntariado e participação em processos políticos. Ao estudar ou pesquisar História Ambiental e Educação Ambiental, você pode fazer a diferença no mundo ao ajudar a promover o desenvolvimento sustentável.

Como citar:
GPHAVI. História Ambiental e Educação Ambiental: como gerar mudança de comportamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Blogger do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí. Blumenau, 01 set. 2023. Disponível em: [  ]. Acesso em: [   ]

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Falando de História Ambiental e Desenvolvimento Regional

A
História Ambiental é uma área de estudos que investiga as relações entre a sociedade humana e o meio ambiente ao longo do tempo, e se concentra na compreensão das interações complexas entre os seres humanos, as plantas, os animais e os sistemas físicos e biológicos que compõem o nosso planeta.
O Desenvolvimento Regional ou  Ciência Regional é uma área de estudos que investiga as características, dinâmicas e tendências de um determinado território. Ela se concentra na compreensão das relações entre as diferentes dimensões que compõem um espaço geográfico, como a cultura, a economia, a política, a sociedade e o meio ambiente.

Apesar de serem áreas de estudos distintas, a História Ambiental e o Desenvolvimento Regional têm uma relação interdisciplinar estreita. Isso ocorre porque ambas as áreas compartilham um interesse comum na compreensão das relações entre a sociedade humana e o meio ambiente.

A História Ambiental pode contribuir para a Ciência Regional fornecendo uma perspectiva histórica para a compreensão das características, dinâmicas e tendências de um determinado território. Por exemplo, um estudo de História Ambiental pode revelar como a exploração de recursos naturais influenciou o desenvolvimento de uma região, ou como a degradação ambiental contribuiu para a pobreza e a desigualdade social. 

Da mesma forma, a Ciência Regional pode contribuir para a História Ambiental fornecendo uma perspectiva espacial para a compreensão das relações entre a sociedade humana e o meio ambiente. Por exemplo, um estudo de Ciência Regional pode identificar áreas com maior risco de degradação ambiental, ou pode propor políticas públicas para o desenvolvimento sustentável de uma região.

A relação interdisciplinar entre a História Ambiental e a Ciência Regional é importante para o desenvolvimento de uma compreensão mais holística das relações entre a sociedade humana e o meio ambiente. Essa compreensão é essencial para a formulação de políticas públicas e ações de desenvolvimento que sejam sustentáveis e equitativas. 

No programa de Pós-graduação de Desenvolvimento Regional na FURB, o mestrando ou doutorando vinculado ao GPHAVI pode aplicar seu estudo na  linha de pesquisa  de História Ambiental e Desenvolvimento Regional . Essa linha de pesquisa engloba estudos que investigam as relações entre as sociedade humanas e o meio ambiente em um contexto histórico-regional. Ela se concentra na compreensão das interações complexas entre os seres humanos e ambientes para entender as dinâmicas de transformação do território. A linha de pesquisa tem como objetivo identificar e compreender processos da interação humana no ambiente, os processos de desenvolvimento regional, e as problemáticas ambientais  decorrentes desses processos e propor modelos, indicadores de desenvolvimentos mais sustentáveis.

No PPGDR o GPHAVI também possui estudantes/pesquisadores atuando com pesquisas em outras áreas, com ou sem o uso da abordagem metodológica da História Ambiental. É possível também realizar conosco o pós doutoramento e se tiver interesse procure um dos pesquisadores. O PPGDR tem como área de concentração o Desenvolvimento Regional Sustentável. Para conhecer o programa clique aqui.

A linha de pesquisa História Ambiental e Desenvolvimento Regional é uma área de estudos de grande relevância para a compreensão dos desafios ambientais do nosso tempo. Ela oferece uma perspectiva única para a formulação de estudos de pós-graduação que auxiliem políticas públicas e ações de desenvolvimento sustentável justas e equitativas.

Para citar/referenciar este texto:
GPHAVI. Falando de História Ambiental e Desenvolvimento Regional. Blogger do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí. Blumenau, 31 ago. 2023. Disponível em:<> Acesso em:<>.

sábado, 26 de agosto de 2023

História Ambiental e Ciclo Hidrossocial: convergências e divergências

A água é um recurso natural essencial para a vida humana, e sua disponibilidade e qualidade têm um impacto profundo na sociedade. A História Ambiental é uma disciplina que estuda as relações entre a sociedade e o ambiente ao longo do tempo. Ela se concentra na compreensão das mudanças ambientais causadas pelas atividades humanas, bem como nos impactos dessas mudanças na sociedade. Os estudos do Ciclo Hidrossocial pretendem compreender as relações entre as águas e as sociedades humanas, enfatizando o papel ativo dos seres humanos na moldagem dos movimentos e usos da água. Mas qual é a relação entre essas áreas? Como elas convergem e divergem? Neste texto vamos expor algumas ideias básicas sobre isso, pois o GPHAVI vem desenvolvendo estudos de História Ambiental com o conceito do ciclo hidrossocial.

Podemos dizer que História Ambiental e Ciclo hidrossocial são conceitos distintos, mas eles apresentam algumas convergências. Ambos os conceitos enfatizam a importância da interação entre as águas e as sociedades humanas. Ambos reconhecem que as atividades humanas podem ter impactos significativos nos sistemas hídricos.

Uma das principais convergências entre o ciclo hidrossocial e a História Ambiental é a ênfase na interação entre as águas e as sociedades humanas. Ambos os conceitos reconhecem que a água é um recurso natural dinâmico, que está constantemente sendo alterado pelas atividades humanas. Por exemplo, o ciclo hidrossocial pode ser usado para compreender como a construção de barragens ou a canalização de rios podem alterar os padrões de fluxo da água. A História Ambiental, por sua vez, pode ser usada para compreender como as mudanças climáticas, a expansão agrícola e a industrialização têm impactado os recursos hídricos ao longo do tempo.


Outra convergência entre os dois conceitos é o reconhecimento do impacto das atividades humanas sobre os sistemas hídricos. O ciclo hidrossocial enfatiza o papel ativo dos seres humanos na moldagem dos movimentos da água. A História Ambiental, por sua vez, se concentra na compreensão das mudanças ambientais causadas pelas atividades humanas. Por exemplo, o ciclo hidrossocial pode ser usado para compreender como a poluição industrial pode afetar a qualidade da água. A História Ambiental, por sua vez, pode ser usada para compreender como a desertificação e a salinização dos solos têm sido causadas pela degradação ambiental.

No entanto, eles também apresentam algumas divergências. O ciclo hidrossocial é um conceito mais recente, e sua abordagem é mais interdisciplinar. Ele é incorporado nos estudos da geografia, da sociologia, da economia e de outras disciplinas. A História Ambiental, por sua vez, é um campo mais consolidado, e sua abordagem é mais centrada na disciplina da História. Essa divergência de abordagem pode ser vista, por exemplo, no uso de diferentes metodologias de pesquisa. O ciclo hidrossocial tende a utilizar metodologias quantitativas, como modelagem matemática e análise de dados. A História Ambiental, por sua vez, tende a utilizar metodologias qualitativas, como pesquisa histórica e análise de documentos. Outra divergência é a escala de análise. O ciclo hidrossocial pode ser usado para analisar as relações entre as águas e as sociedades humanas em diferentes escalas, desde a escala local até a escala global. A História Ambiental, por sua vez, tende a se concentrar em escalas mais amplas, como a escala regional ou global.

O Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAI) está realizando estudos de História Ambiental usando o conceito de ciclo hidrossocial. Em 2022, o pesquisador Gilberto Friedenreich dos Santos iniciou a pesquisa "História Ambiental e Desenvolvimento Regional da Água na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí (SC)". O objetivo dessa pesquisa é analisar a história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí no período de 1850 a 2020.

Além da pesquisa principal, o GPHAI está desenvolvendo três Iniciações Científicas (ICs) através dos programas de bolsas do PIBIC-CNPq e UNIEDU de Santa Catarina.

  • A IC "A água na História do Vale do Itajaí - SC: uma análise das publicações da Revista Blumenau em Cadernos de 1957 a 1979" (PIBIC-CNPq) tem como objetivo investigar as impressões sobre a água na História do Vale do Itajaí nas publicações da Revista Blumenau em Cadernos no período de 1957 a 1979.
  • A IC "História Ambiental da Água no Vale do Itajaí (SC) nas Publicações da Revista Blumenau em Cadernos de 1980 a 1999" analisa a história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí (SC) nas publicações da Revista Blumenau em Cadernos no período de 1980 a 1999.
  • A IC "Uma abordagem interdisciplinar no estudo da água na bacia hidrográfica do rio Itajaí-açu" tem como objetivo analisar a relação entre ciclo hidrossocial e história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-açu desde o século XIX.
História Ambiental e Ciclo Hidrossocial são conceitos complementares que podem fornecer insights valiosos para a realização de estudos científicos sobre as relações entre as águas e as sociedades humanas. O ciclo hidrossocial oferece uma abordagem mais interdisciplinar e quantitativa, enquanto a História Ambiental oferece uma abordagem mais centrada na história e qualitativa. Ao combinar esses dois conceitos, os pesquisadores podem obter uma compreensão mais completa das complexas interações entre as águas e as sociedades humanas. Isso pode levar a novos insights sobre os desafios e oportunidades que enfrentamos no século XXI, como as mudanças climáticas, a escassez de água e a poluição ambiental.

No caso específico do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí, a aplicação do ciclo hidrossocial tem o potencial de proporcionar uma compreensão mais profunda da história ambiental da água na bacia hidrográfica do Rio Itajaí. Isso pode ajudar a identificar as principais tendências e padrões nas relações entre as águas e as sociedades humanas na região, bem como os impactos dessas relações no meio ambiente. As pesquisas em andamento estão explorando esse potencial, utilizando uma abordagem interdisciplinar e quantitativa para analisar a história ambiental da água na bacia hidrográfica do Rio Itajaí. Os resultados dessas pesquisas podem contribuir para o desenvolvimento de políticas e práticas mais sustentáveis para o uso da água na região.

Para citar este texto:
GPHAVI. História Ambiental e Ciclo Hidrossocial: convergências e divergências. Blogger do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí. Blumenau, 25 ago. 2023. Disponível em [https://gphavi.blogspot.com/2023/08/historia-ambiental-e-ciclo-hidrossocial.html]. Acesso em: [Data de acesso ao texto].




quinta-feira, 3 de agosto de 2023

IC PIBIC-CNPq pesquisará a relação do ciclo hidrossocial e história ambiental da água no século XIX, e sua importância para o desenvolvimento regional.

A água é essencial para a vida e para o desenvolvimento econômico e social. Na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu, os diferentes usos da água determinam o desenvolvimento dos municípios da região. A chegada dos imigrantes europeus na segunda metade do século XIX foi fundamental para o desenvolvimento regional. Os imigrantes trouxeram com eles novas técnicas de uso da água, que foram essenciais para o desenvolvimento da agricultura, da indústria e da infraestrutura. Os usos e conflitos ligados à água são um assunto atual da geopolítica mundial. Os atuais problemas identificados na área de estudo revelam a necessidade de aumentar a disponibilidade e melhorar a qualidade das águas.

O objetivo geral da IC é analisar a relação entre ciclo hidrossocial e história ambiental da água e sua importância para o desenvolvimento regional na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu desde o século XIX. Os objetivos específicos são:Contextualizar a relação do estudo do ciclo hidrossocial e da história ambiental e sua importância para o desenvolvimento regional;
Estabelecer as etapas do processo de uso da água e sua influência nas dinâmicas sociais, econômicas, culturais e políticas;
Descrever as transformações ambientais na água (qualidade e quantidade) no processo de desenvolvimento regional;
Identificar e analisar os principais conflitos no uso da água;
Identificar e analisar estratégias para adoção de práticas sustentáveis no uso dos recursos hídricos para promover o desenvolvimento regional.

A investigação está relacionada com a temática das Humanidades Ambientais, sendo uma pesquisa de base interdisciplinar por abranger ciências como História, Geografia e Desenvolvimento Regional. A pesquisa é de caráter histórico descritivo qualitativo. Na perspectiva histórica ambiental a pesquisa enaltecerá a importância da água no processo de desenvolvimento regional, e por cobrir uma carência de estudos numa abordagem temporal mais ampla que impactam nos aspectos hidrosociais na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu.

Os resultados da pesquisa poderão ser utilizados para melhorar a gestão da água na bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu. A pesquisa também contribuirá para o desenvolvimento de conhecimento sobre a água e para a promoção da educação ambiental.

A água é um recurso essencial para a vida e para o desenvolvimento econômico e social. É importante que todos nós façamos nossa parte para proteger a água e para garantir que ela esteja disponível para as gerações futuras.

O grupo está realizando entrevistas de estudantes da graduação para a contratação para duas vagas na IC. O valor da bolsa da IC do CNPq é de R$700,00. Interessados devem entrar em contato com o professor Gilberto através do e-mail frieden@furb.br. Maiores informações entrar em contato no (47)992716131 com o professor Martin.

sábado, 17 de junho de 2023

O processo histórico da gestão dos recursos hídricos na bacia do Itajaí -Santa Catarina

Em 2008 a Historiadora Carolina Francisca Marchiori da Luz finalizou sua pesquisa apresentando o seu Trabalho de Conclusão de Curso de História: O PROCESSO HISTÓRICO DA GESTÃO DOS RECURSOS HIDRICOS NA BACIA DO ITAJAÍ - SC, com orientação do prof. Gilberto e Martin. Carolina realizou enquanto estudante de História Iniciação Científica no grupo analisando as comunidades no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí em Guabiruba e Gaspar - SC. Após sua graduação foi selecionada e fez mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural MP/IPHAN. Para acessar o currículo da pesquisadora clique aqui.

Os resultados de sua pesquisa de TCC de História ajudam a compreender o processo histórico de estruturação e desenvolvimento das discussões frente ao agravante da degradação ambiental que passou a emergir no cenário mundial a partir da década de 1960. A problemática ambiental levou a uma reestruturação de políticas e leis no que diz respeito à proteção dos recursos naturais, em especial aos recursos hídricos. Inúmeros foram os fatores que contribuíram para que a água se consolidasse, em escala global, como um recurso natural ameaçado a baixar níveis significativos de qualidade e quantidade. 

A discussão da fundamentação de suportes legais e político-institucionais referentes à água disponível no planeta, fez com que houvesse uma redefinição no decorrer dos anos, nas políticas e leis levando a um quadro de maior integração e conhecimento a todos que de forma direta ou indireta se utilizam deste elemento natural essencial à vida. Na década de 1980 após tomar conhecimento das práticas adotadas pelos europeus na busca da revitalização dos rios, onde as bacias hidrográficas foram adotadas como unidades de planejamento, o Brasil passa por um processo de descentralização dos cuidados para com as águas. A União deixa de ser responsável pelo manejo das áreas de bacia hidrográficas o que levou a criação de diversos organismos, os comitês de bacia, a fim de favorecerem a articulação entre sociedade e natureza e apresentar soluções para os conflitos existentes na bacia. 

Revendo os artifícios que foram cogitados para implementar tal gerenciamento da área que abrange a Bacia Hidrográfica do Itajaí (CBHI), é possível remontar uma longa trajetória constituída por inúmeras ações humanas e reações naturais, bem como as transformações dentro do contexto histórico das leis de proteção as águas. A formação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Itajaí é resultante da aprovação da lei 9.433/97 aliada a diversas propostas que ao longo do tempo foram sendo aprimoradas por grupos de pesquisadores junto à sociedade como um todo, em busca de conscientizar e frear o descontrole do ser humano sobre o uso dos recursos naturais na área que abrange este território. Para acessar o trabalho completo clique aqui.

Referências


TCC - LUZ, Carolina Francisca Marchiori da. O processo histórico da gestão dos recursos hídricos na bacia do Itajaí - SC. 2008. 73 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Centro de Ciências Humanas e da Comunicação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2008. Disponível em: <http://www.bc.furb.br/docs/MO/2009/338416_1_1.PDF>. Acesso em: 17 jun. 2023.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

O que os olhos não veem o satélite pega!

O que os olhos não veem o satélite pega! Mostramos aqui uma reportagem que mostra como a ferramenta de mapas do MapBiomas e o trabalho de campo, ajudam a entender a realidade do uso do solo no território brasileiro.  O vídeo está no canal do MapBiomas, e faz parte da série Brasil 30X30 metros com documentários que mostram as transformações do território brasileiro através de imagens de satélite coletadas desde 1985.  Confira assistindo aqui!


domingo, 4 de junho de 2023

GPHAVI faz 19 anos de existência


Vídeo comemorativo dos 19 anos do GPHAVI


Olá pessoal, hoje dia 05 de junho de 2023 o nosso GPHAVI realiza seu 19º Aniversário. São muitas histórias para contar, e para demonstrar um pouco desse percurso do grupo apresentamos aqui o vídeo do TCC do Historiador Juliano João Nazário. O pesquisador analisou a produção de História Ambiental do grupo e expõe um histórico apresentando os principais acontecimento na produção do grupo. 

Assista a seguir:



 

quinta-feira, 25 de maio de 2023

A Cidade no Brasil - SESC TV

As transformações e configurações das cidades brasileiras são retratadas em diversos episódios na série A Cidade no Brasil. A série, que pode ser assistida no SescTV, foi inspirada no livro A Cidade no Brasil de Antônio Risério, e apresenta uma abordagem que parte do passado ao dias atuai a partir de informações históricas, culturais e estéticas das cidades brasileiras. Para assistir através do canal do Sesc TV clique aqui, ou se preferir assistir no YouTube acesse a playlist aqui. Boa viagem!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Pesquisadores publicam estudo na Revista Acta Geográfica

Começamos o ano com uma boa notícia. Os pesquisadores Gilberto e Martin publicaram um estudo no dia dois de fevereiro na Revista Acta Geográfica o estudo A introdução de espécies vegetais no vale do Itajaí-Açu (Santa Catarina) no século XIX. Conforme o pesquisador Gilberto "o Vale do Itajaí até meados do século XIX, e talvez início do século XX, apresentava um caráter natural selvagem que fascinava os colonos imigrantes e viajantes europeus. O vale divide-se em duas sub-bacias hidrográficas: Itajaí-açu (13.327 km2) e Itajaí mirim (1.673 km2). A confluência de ambos os cursos de água ocorre a 8 km da foz do mar, que recebe neste trecho a denominação de Rio Itajaí. Será objeto de estudo o Vale do Itajaí-açu (recorte espacial) cujo processo de colonização europeia intensifica-se com a fundação da Colônia Blumenau no ano de 1850. Os viajantes em suas passagens pelo Brasil, e particularmente no Vale do Itajaí, registraram as observações e investigações aqui realizadas hoje disponíveis em publicações em forma de livros, relatórios e artigos em periódicos". Tendo isso em vista foi desenvolvida uma pesquisa a fim de identificar na literatura sobre os viajantes a introdução e uso de espécies vegetais no Vale do Itajaí-açu no século XIX. 

O estudo pode ser acessado na revista, basta clicar aqui!