"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Pesquisa de Iniciação Cientifica analisou a História do Desenvolvimento Regional do entorno do parque Malwee em Jaraguá do Sul

Por Kayuã Girardi
(estudante de CSO e bolsista FUMDES do GPHAVI - FURB)
Fonte: Rafaella Schalinski, Letícia Werner e Julia Weiers.
Os estudantes pesquisadores Juliano Nazário (História) e Kayuã Girardi (Ciências Sociais) desenvolveram uma pesquisa de Iniciação Científica sobre o Parque da Malwee através do Programa de Bolsas Universitárias (UNIEDU) e Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (FUMDES) da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina. A execução do projeto durou um ano e foi uma pesquisa de base, se concentrando nas ciências sociais aplicadas tendo como disciplina o Desenvolvimento Regional ou ciência regional, com uma abordagem teórica e metodológica da História Ambiental. O objetivo era investigar o desenvolvimento do parque e o seu entorno. Os objetivos específicos foram: (a)compreender o processo histórico de ocupação e colonização do município de Jaragua do Sul e da região do Parque Malwee; (b)identificar na história do entorno do Parque Malwee os processos de desenvolvimento local; (c)analisar as transformações socioambientais proporcionadas pela existência e funcionamento do parque. Os procedimentos de coleta de dados consistiu no levantamento de dados secundários utilizando fontes bibliografias, especialmente regionais, documentos oficiais, artigos técnico-científicos, jornais, censos econômicos, atlas e mapas.

No decorrer da pesquisa os estudantes chegaram aos seguintes resultados: o aprofundamento do desenvolvimento industrial no decorrer dos anos fez com que a pauta ecológica ganhasse força, devido a degradação ambiental e as consequências ao meio ambiente fez com que a a sociedade passasse a cobrar medidas mais sustentáveis da indústria em sua cadeia produtiva. A Família Weege, de certa maneira, foi influenciada com a revolução ambientalista, que estava se iniciando na década de 1970 quando tiveram a oportunidade de conhecer diversos áreas de preservação na Europa. Nesse período também a cidade necessitava de espaços de esporte, lazer e cultura para a população. Com o tempo e o desenvolvimento da indústria têxtil, alimentícia e metal-mecânica, a cidade cresceu, surgiram novas necessidades e em resposta a elas, o parque foi se adaptando. O espaço onde se encontra até então era uma área de cultivo de arroz, acabou sendo reflorestada com espécies endêmicas e exóticas. Apesar das espécies exóticas que também o habitam, o parque contribui com a conservação de aves da floresta atlântica, inclusive algumas com interesses conservacionistas que são vulneráveis no estado.

Também, a região era carente em relação a espaços de cultura e lazer, o parque contribuiu para fomentar essas áreas contribuindo assim com o desenvolvimento humano da cidade. Outro ponto a ser ressaltado é o turismo que acabou se desenvolvendo devido ao parque e a empresa apoiar o esporte e lazer não só amador, como também o profissional. Segundo o pesquisador Kayuã Girardi “o parque foi um ponto chave para o desenvolvimento não só econômico, mas também esportivo e cultural contribuindo assim para bem estar social da população”. Já para Juliano Nazário “além de seu papel na preservação ambiental, o parque se converte também em fonte de investigação e pode contribuir em questões relacionadas a culturas e identidades presentes na região”. A pesquisa concluiu que a preocupação socioambiental de uma empresa privada acabou criando um espaço modificando os processos de desenvolvimento local, tendo um papel de agente para o desenvolvimento regional para o seu entorno. Devemos ressaltar que as cidades vizinhas também acabaram se beneficiando de uma forma indireta, principalmente por Jaraguá do Sul ser uma cidade referência para os pequenos municípios da região. 

*As imagens foram produzidas na matéria de Assessoria ministrada pelo professor Sandro Galarça, pelas alunas Rafaella Schalinski, Letícia Werner e Julia Weiers do curso de Publicidade e Propaganda da FURB.

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sábado, 11 de julho de 2020

Página do grupo na rede Facebook

No início do mês foi criada a página de divulgação das atividades do GPHAVI no Facebook. Na rede social já existia um espaço do tipo grupo. Agora com a página ambos os espaços estarão divulgando as notícias da História Ambiental assim como o que acontece no grupo de pesquisa da FURB. Além do Face, existe um projeto de criar uma página no Instagram. As páginas das redes sociais estarão vinculadas com um link na barra lateral do blog. Curta nossa página no Facebook e receba as informações sobre as atividades do GT Nacional de História Ambiental, GT de Santa Catarina e notícias em geral sobre a área e assuntos relativos.