"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

História Ambiental em Pré-História, Idade Antiga, Idade Medieval e Modernidade

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Por ser inter e multi interdisciplinar, o olhar da História Ambiental navega até o passado longínquo e possibilita análises de diversos territórios em seus momentos históricos denominados Antigo e Medieval. Muitas obras que não são escritos de História Ambiental possibilitaram dos períodos antigos um olhar sobre as interações entre a sociedade humana e a natureza.  Vamos apresentar aqui algumas possibilidades.

Uma obra que possibilita coletar informações sobre o comportamento do homem frente o ambiente é o livro História das Agriculturas no Mundo: do neolítico a crise contemporânea de Marcel Mazoyer e Laurence Roudart. 

"Este trabalho se inscreve na tradição da Cátedra de Agricultura Comparada e Desenvolvimento Agrícola do Instituto Nacional Agronômico de Paris – Grignon (INA-PG), onde hoje Marcel Mazoyer é Professor Emérito. Nessa cátedra sucedeu o renomado agrônomo e professor René Dumont, uma referência internacional nos estudos e diagnósticos sobre a agricultura camponesa nos continentes africano, latino-americano e europeu. Laurence Roudart, discípula de Marcel Mazoyer, que participou da produção desta obra, hoje é Mestre de Conferências de Economia Política Agrícola, na mesma cátedra. Uma das contribuições mais importantes de Marcel Mazoyer foi a formulação e aplicação da teoria dos sistemas agrários, um instrumento analítico que permite apreender a complexidade de cada forma de agricultura, abordando as transformações históricas e a diferenciação geográfi ca das agriculturas. Mazoyer assinala que é fundamental distinguir a agricultura como ela é efetivamente praticada e como pode ser observada, constituindo-se, assim, em um objeto real de conhecimento. O que o observador pensa e diz sobre esse objeto compreende um conjunto de conhecimentos abstratos que podem ser metodicamente elaborados para construir um verdadeiro objeto teórico, que é o sistema agrário. Essa contribuição inovou o pensamento sobre a agricultura. De uma análise focada nas atividades produtivas específi cas e setoriais passa-se a um enfoque sistêmico que incorpora as interações entre o agricultor e sua família, os recursos naturais físicos e biológicos necessários à produção e as técnicas utilizadas para sua transformação, utilizando-se, para tanto, categorias agronômicas, econômicas, sociais e ecológicas" (Fonte: http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/DispForm.aspx?ID=60).


Um dos temas que atrai muitos jovens para o estudo da História é o Egito. Sobre esse tema vale trazer a biografia do Rio Nilo feita pelo historiador Emil Ludwig, publicada no livro O Nilo: a história de um rio, que apresenta importantes informações sobre a História do povo e da sua interação com o rio e sua natureza. 

No livro Colapso: ascensão, queda das sociedades humanas de Jared Diamond são apresentados dados das atitudes econômicas e culturais de algumas civilizações do passado que escolheram maneiras de influencia com o ambiente catastróficas, e que corroboraram com seus colapsos civilizatórios. 


"Jared Diamond fundamenta a sua tese recorrendo a uma série de narrativas histórico-culturais fascinantes. Deslocando-se com facilidade e perspicácia da cultura pré-histórica polinésia e das antigas civilizações americanas nativas dos Anasazi e dos Maias para a colónia viquingue medieval da Gronelândia e, por fim, o mundo moderno, o autor identifica um padrão fundamental da catástrofe, mostrando-nos o que acontece quando depauperamos os recursos, ignoramos os sinais que o ambiente nos dá, nos reproduzimos demasiado depressa ou abatemos demasiadas árvores. Danos ambientais, alterações climáticas, parceiros comerciais instáveis, pressão exercida pelos inimigos - todos estes factores contribuíram para a ruína das sociedades malogradas. No entanto, houve outras sociedades que, face aos mesmos problemas, encontraram soluções adequadas e resistiram. Porque é que algumas sociedades - mas não outras - cometem erros até se autodestruírem? Enfrentamos actualmente problemas semelhantes, que já provocaram desastres no Ruanda e no Haiti, ao mesmo tempo que a China e a Austrália procuram solucioná-los de formas inovadoras" (Fonte: http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/1247).


Outra obra muito interessante e que trás um panorama do medievo e da Idade Moderna sobre o entendimento e comportamento humano sobre a natureza é o que escreveu o historiador Keith Thomas em seu livro O homem e o mundo natural. 


O livro O Homem e o Mundo Natural trata das atitudes dos homens para com os animais e a natureza durante os séculos XVI, XVII e XVIII. O autor expõe os pressupostos que fundamentaram as percepções, raciocínios e sentimentos dos ingleses no início da época moderna frente aos animais, plantas e paisagem física, chamando a atenção para um ponto fundamental da história humana: o predomínio do homem sobre o mundo natural. Keith Thomas é um historiador inglês, considerado um dos mais eminentes e inovadores do Reino Unido de hoje. O homem e o mundo natural foi um dos livros que colocou o autor em uma posição de liderança na chamada "antropologia histórica". Na última década, ele recebeu duas grandes homenagens da sociedade britânica: foi nomeado presidente da centenária Academia Britânica e recebeu o título de Sir, conferido pela rainha Elizabeth por "serviços prestados à história" (Fonte: http://www.comciencia.br/resenhas/mundonatural.htm).

Exitem inúmeras outras obras e com o tempo estaremos expondo para estudos e conhecimento geral.


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