"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O que fizemos em 2024?

O ano de 2024 foi marcante para o Grupo de Pesquisa em História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAVI). No início de fevereiro realizamos uma reunião de planejamento, abordando as Iniciações Científicas (ICs) em andamento, estratégias para o desenvolvimento do grupo e a participação no Encontro Estadual de História, incluindo o GT de História Ambiental. Discutimos ações para comemorar os 20 anos do GPHAVI, um marco na história do grupo.

Recebemos a notícia da aprovação do artigo "Apontamentos para uma História Ambiental do Uso dos Recursos Naturais em Botuverá – Vale do Itajaí Mirim (SC)", a ser publicado na revista Geosul até setembro. Em março renovamos o projeto "História Ambiental da Água no Vale do Itajaí (SC) nas Publicações da Revista Blumenau em Cadernos (1980 a 1999)", desenvolvido pela bolsista Beatriz Amália Schneider (Pedagogia) com apoio do programa UNIEDU. O projeto foi concluído em setembro.

O laboratório passou por uma transformação significativa: a sala R-109 foi reformada, tornando-se um espaço coworking no Centro de Pesquisa Histórica, integrando diversos grupos de pesquisa do Departamento de História e Geografia.

Criamos o Instagram do GPHAVI, fortalecendo a conexão com outros pesquisadores e a comunidade. Ao final do ano, alcançamos 178 seguidores, mais de 40 postagens e uma média de 20 visualizações por story. Nosso blog teve mais de 20 mil acessos em 2024, com 63 publicações, consolidando-se como nosso principal meio de divulgação.

Mapa dos acessos de nossas postagens.



A partir de abril o pesquisador Martin avançou em seu projeto de pós-doutorado, que analisa a divulgação científica em redes sociais. Foram iniciados novos projetos no PPGDR, incluindo a investigação sobre a agropecuária no período pré-colonial de Blumenau e Vale do Itajaí.

Embora não tenhamos realizado um evento comemorativo, os 20 anos do GPHAVI foram amplamente divulgados e celebrados. Este marco especial reflete a dedicação de pesquisadores e estudantes que contribuíram para a trajetória do grupo. O GPHAVI nasceu da iniciativa de um estudante, com o objetivo de realizar uma Iniciação Científica. Hoje, o grupo soma mais de 60 projetos de ICs realizados.

No Departamento de História e Geografia, o GPHAVI integra o Projeto Político Pedagógico do curso e é descrito como:

"Um grupo interdisciplinar que se fundamenta em diversas áreas do conhecimento social e ambiental. Seu objetivo é compreender as relações entre sociedade e natureza no âmbito da História Ambiental, em diferentes períodos históricos da região do Vale do Itajaí. O GPHAVI realiza pesquisas e iniciações científicas com base na abordagem teórica da História Ambiental, produzindo estudos que têm a natureza como cenário e fator determinante nos processos históricos da sociedade humana." (p.32)


Assim com está descrito no PPP:


“O GPHAVI – Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí também tem sala própria, localizada no bloco R, número 109, em que se reúnem professores, estudantes e bolsistas de Graduação e Pós-Graduação para elaboração das pesquisas relacionadas com a área à qual o Grupo se dedica” (p.172)

Acesse o documento e confira, clique aqui.

Assim, o grupo colabora com o Departamento e demais grupos de pesquisas dos professores ao sediar e organizar em conjunto o Centro de Pesquisa Histórica, um espaço coletivo para os grupos e estudantes desenvolverem atividades. Esse é um importante legado para as futuras gerações de estudantes, um espaço onde múltiplas dimensões de análise histórica se encontram. Além disso, as oportunidades que o GPHAVI oferece aos estudantes dialogam diretamente com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Também se alinham ao Parecer CNE/CP nº 14, de 6 de junho de 2012, que aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, e à Resolução CNE nº 2, de 15 de junho de 2012, que estabelece as diretrizes.

A problemática ambiental, presente nas agendas dos movimentos sociais desde o final do século XIX e nas pautas internacionais desde a década de 1970, coloca o historiador diante de desafios relacionados ao Antropoceno e às novas práticas de comportamento sustentável. Nesse contexto, as atividades do GPHAVI, associadas ao curso de História, integram-se às agendas ambientais e aos Objetivos do Milênio, contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável.

A celebração dos 20 anos do GPHAVI representa mais do que a consolidação de um polo de desenvolvimento da História Ambiental na região do Vale do Itajaí, Sul do Brasl. Ela simboliza um espaço de aprendizado, onde estudantes e pesquisadores produzem conhecimentos que, além de enriquecerem o campo acadêmico, promovem uma política de mudanças e transformações sociais, e uma marca importante no desenvolvimento da História do próprio curso da FURB.

A partir de junho desenvolvemos dois projetos para o edital FAPESC, sendo um pelo edital universal e outro para fomento de grupos de pesquisa de IES da ACAFE. Em agosto, homologamos a inscrição do projeto "O Desenvolvimento Econômico Sustentável na Região do Entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI)" , que em setembro foi aprovado, garantindo recursos da FAPESC e FURB e o desenvolvimento do projeto até 2026. Já o Universal não aprovamos.

Foram iniciadas novas ICs, como: "História Ambiental da Agropecuária no Vale do Itajaí (SC) nos Séculos XVIII e XIX", no âmbito do projeto coordenado por Gilberto. "A Divulgação Científica de História Ambiental nas Redes Sociais", envolvendo estudantes do Ensino Médio. Concluímos o projeto de IC "Uma Abordagem Interdisciplinar no Estudo da Água na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (SC)", com a participação das estudantes Beatriz da Cruz Pinheiro, Victória Haina Bachmann e Larissa Warmeling. O trabalho foi apresentado na 18ª MIPE FURB em setembro.

Ainda em agosto Gilberto representou o grupo com sua participação no GT de História Ambiental no Encontro Catarinense de História da ANPUH. O professor também fez parte da comissão organizadora e do comitê científico. Em setembro, o artigo "Apontamentos para uma História Ambiental do Uso dos Recursos Naturais em Botuverá" foi publicado na revista "Geosul”. E tivemos uma excelente participação das bolsistas Beatriz da Cruz Pinheiro, Victória Haina Bachmann e Larissa Warmeling na 18ª MIPE FURB.

Até final do ano, muitas atividades de reuniões presenciais e remotas desenvolveram as ICs, mas ainda, para finalizar o ano com chave de ouro, a Participação de Suzana Beatriz Peters e Martin Stabel Garrote no V Encontro Virtual de Grupos e Laboratórios de Pesquisa de História Ambiental do Brasil, apresentando pesquisas e fortalecendo parcerias nacionais.

O ano de 2024 foi repleto de desafios e conquistas. Celebramos 20 anos de história, consolidamos nossa presença acadêmica com novas publicações, projetos e parcerias, e avançamos no diálogo entre História Ambiental e as agendas de sustentabilidade. O GPHAVI segue como um espaço interdisciplinar que une estudantes e pesquisadores, promovendo o entendimento das relações entre sociedade e natureza e contribuindo para o desenvolvimento de práticas mais sustentáveis.

Veja a seguir uma Retrospectiva em quadros.



terça-feira, 24 de dezembro de 2024

🎄Feliz Natal!🌍


Você já parou para pensar na relação entre o Natal e a história ambiental? Por exemplo, a tradição de usar o pinheiro como símbolo natalino tem raízes que vão além da decoração. Desde os povos germânicos, o pinheiro sempre representou resistência e renovação, por sua capacidade de permanecer verde mesmo nos invernos mais rigorosos.

Com o tempo, essa prática foi adaptada pelas celebrações cristãs e transformada em uma tradição global. No entanto, seu impacto ambiental também merece atenção: milhões de árvores são cortadas anualmente, enquanto versões artificiais demandam plástico e energia para serem produzidas.

Hoje, a história ambiental nos inspira a reavaliar tradições e buscar alternativas mais sustentáveis: que tal reutilizar um pinheiro artificial, criar uma árvore com materiais recicláveis ou apoiar iniciativas de plantio? Assim, podemos celebrar o Natal com consciência ecológica, honrando o espírito de renovação sem prejudicar o planeta.

🌟Que esse Natal traga renovação não só para nossas vidas, mas também para nosso compromisso com a natureza. 🌿




segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Tirando do baú: observações sobre a natureza e a cultura da História Ambiental, de J. R. McNeill

O artigo "Observations on the Nature and Culture of Environmental History", publicado em 2003 por J. R. McNeill na revista History and Theory, proporciona uma compreensão aprofundada da trajetória da história ambiental, suas abordagens e relação com outras disciplinas. McNeill, um dos principais nomes do campo na pesquisa nos EUA, e referencia no mundo todo. A história ambiental, como descrita no artigo de McNeill, é um campo interdisciplinar que investiga a interação entre as sociedades humanas e a natureza ao longo do tempo. 

McNeill define a história ambiental como o estudo das relações entre a humanidade e a natureza, destacando como ambos os sistemas coevoluem. Essa visão reconhece que o contexto biológico e físico influencia e é influenciado pelas atividades humanas, tornando impossível compreender a história humana sem considerar o ambiente natural. Segundo sua análise, essa forma de fazer história vem sendo praticada a partir de três abordagens principais: (a) Material: focando nas mudanças nos ecossistemas e seus impactos nas sociedades, como a urbanização e o manejo agrícola. (b) Cultural/Intelectual: focado em explorar as representações da natureza, como nas em artes e literatura, analisando como refletem valores culturais e as interpretações da natureza. (b) Política: focado por exemplo nas leis, políticas e movimentos ambientais, principalmente no período moderno.

McNeill destaca que a história ambiental dialoga com disciplinas como ecologia histórica, história do clima e até mesmo economia. A riqueza do campo reside na integração de metodologias e perspectivas, ampliando a compreensão dos fenômenos históricos e naturais. O artigo ressalta a relevância da escala nas análises históricas, e dependendo do tema escolhido, é necessário ajustar a "lupa", analisando fenômenos locais ou globais para captar a complexidade das interações ecológicas e humanas.

McNeill aponta debates sobre o papel da cultura versus tecnologia na história ambiental. Embora alguns enfoquem o impacto das ideias humanas, como as crenças religiosas, outros destacam o peso da tecnologia e dos fatores demográficos na transformação dos ecossistemas. Ele também discute a necessidades de estudos de história ambiental em temas pouco procurados, ou explorados, e cita exemplos como a história dos solos, as dimensões ambientais das migrações e as conexões entre militarismo e meio ambiente, destacando o potencial de crescimento do campo.

Este artigo é uma leitura fundamental para compreender melhor este campo de produção de conhecimento histórico. Recomendo a leitura para estudantes de história que estão no início de seus cursos, e para os que estão chegando, aqueles que procuram e querem compreender melhor o que é isso que se chama História Ambiental. Acesse o texto completo aqui.

Referência:
MCNEILL, J. R. Observations on the Nature and Culture of Environmental History. History and Theory, v. 42, n. 4, p. 5-43, 2003. 
Disponível em: <endereço online>Acesso em: 22/12/2024

sábado, 21 de dezembro de 2024

Uma jornada incrível, desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso: A evolução das políticas ambientais na China e sua inserção no cenário global

 

Da esquerda para direita, Gilberto, Martin, Gabriel e Maicon

Gostaria de compartilhar uma experiência que me trouxe grande satisfação como orientador: a orientação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Gabriel A EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NA CHINA E SUA INSERÇÃO NO CENÁRIO GLOBAL, apresentado as 19h no dia 05 de dezembro de 2024.

Desde o início, ficou claro que seria um desafio audacioso, mas ao mesmo tempo instigante, considerando a escassez de estudos semelhantes nas buscas bibliométricas realizadas. Gabriel Henrique Eskelsen demonstrou, ao longo de todo o processo, uma dedicação exemplar e um rigor metodológico que elevaram o nível de sua pesquisa. A organização e sistematização dos resultados, apresentados de forma clara e objetiva, refletem precisão analítica e profundidade conceitual – qualidades indispensáveis à produção científica.

Nosso primeiro contato aconteceu durante uma iniciação científica no Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAVI). Desde então, Gabriel se destacou por sua capacidade de escutar atentamente, enriquecer discussões com sua bagagem prévia e aprender de forma rápida e consistente.

O relatório final daquela iniciação científica já indicava o potencial de Gabriel. O que deveria ser um artigo de até 20 páginas foi entregue como um documento completo, com quase 40 páginas, apresentando uma revisão de fontes de alta qualidade e um nível de profundidade digno de um TCC. Essa experiência inicial foi um prelúdio para o trabalho que ele desenvolveria em sua pesquisa de conclusão de curso. Conciliando a vida acadêmica e profissional, Gabriel mostrou uma habilidade rara de equilibrar responsabilidades. Seu amadurecimento ao longo das atividades científicas foi notável, e acompanhar essa evolução foi uma experiência gratificante como professor.

Gabriel encerra sua graduação na FURB com um trabalho de destaque. Seu TCC aborda as políticas ambientais da China, analisando sua evolução desde o final do século XX. A pesquisa investiga fatores internos – como degradação ambiental, saúde pública, crescimento econômico e urbanização – e fatores externos, incluindo pressão internacional e a atuação de ONGs. 

Utilizando uma metodologia qualitativa baseada em uma ampla revisão bibliográfica, Gabriel analisou relatórios governamentais, artigos acadêmicos e publicações de ONGs. O estudo culmina em uma comparação do desempenho ambiental da China com outros grandes emissores, enfatizando os investimentos chineses em energias renováveis e os desafios enfrentados na transição energética.

O trabalho de Gabriel oferece uma análise abrangente e bem estruturada das fases de desenvolvimento das políticas ambientais chinesas. Ele explora com profundidade a interação entre fatores internos e externos que impulsionaram o país a adotar medidas sustentáveis ao longo das décadas.

Sua pesquisa não apenas contribui para o entendimento das políticas ambientais da China, mas também nos leva a refletir sobre o papel das nações emergentes na construção de um futuro sustentável. Gabriel soube articular com clareza dados históricos, sociais e econômicos, evidenciando a relevância do tema no contexto global. Assim parabenizo Gabriel pelo trabalho minucioso e pela escolha de um tema tão relevante. Sua pesquisa já apresenta um avanço significativo na área, e aconselho fortemente que ele dê continuidade a este estudo em um programa de mestrado.

Agradeço também à banca examinadora, especialmente aos professores Maicon e Gilberto, cujas sugestões enriqueceram ainda mais o trabalho. Suas contribuições serão cuidadosamente consideradas na versão final do texto. Encerramos esta etapa com a certeza de que Gabriel tem um futuro promissor como cientista social, especialmente no campo das políticas ambientais. Foi um privilégio participar desta jornada e testemunhar seu crescimento acadêmico.

Em breve o trabalho estará disponível na Biblioteca da FURB, acompanhe nosso blogue. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Um olhar sobre o VI Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações



Este ano, tivemos a alegria do retorno do Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações, um dos mais importantes eventos da área. Em sua sexta edição, o simpósio foi realizado em formato online e oferecido gratuitamente, reunindo mais de 300 participantes e apresentando 150 estudos. Este evento reafirma a força desse campo historiográfico, que ganhou forma no Brasil no final do século XX.

O encontro começou com uma calorosa saudação da professora Eunice Nodari, organizadora do evento, que compartilhou sua felicidade ao abrir o VI Simpósio. Em sua fala, Eunice fez questão de lembrar a ausência do professor João Klug, cofundador do LABIMHA, que estava envolvido em um evento comemorativo dos 200 anos da imigração alemã. Apesar disso, ela reforçou que o espírito e a contribuição de Klug estiveram presentes, celebrando a trajetória do grupo, que completa 30 anos de história este ano. A professora citou o nomes dos principais atores desse processo, e que acompanham a história grupo, e do evento.

O LABIMHA foi fundado em 1992 como o Núcleo de Estudos de Imigração e Migração, o grupo formalizou-se como laboratório em 1994, adotando uma abordagem interdisciplinar. Em 2000, com a ampliação de pesquisas em história ambiental, o nome foi atualizado para Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA). Desde então, se consolidou como referência na área, formando 60 doutores e 51 mestres, além de produzir um vasto acervo acadêmico. Este núcleo de pesquisadores impulsionaram o desenvolvimento da área da História Ambiental, e cá entre nós, fez parte de nossa inspiração para a a criação do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí. Mesmo não tendo pesquisadores participantes na UFSC, o contato com seus pesquisadores e estudos influenciaram e promovem até hoje o nosso empenho em produzir e divulgar a História Ambiental do Vale do Itajaí.

O LABIMHA organizou o primeiro Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações em 2010 e manteve a tradição de eventos bienais até 2018. Em 2019, liderou o III Congresso Mundial de História Ambiental. Contudo, a pandemia trouxe desafios, interrompendo eventos presenciais até este ano. A edição de 2024 marcou não apenas o retorno do simpósio, mas também a celebração dos 30 anos do LABIMHA. Sob a coordenação de Alfredo Ricardo Silva Lopes, Samira Peruchi Moretto, e Marcos Gerdhart, o evento foi organizado em formato virtual. O trabalho árduo das comissões organizadoras e científicas foi destacado, especialmente no processo de avaliação dos 150 trabalhos submetidos. A equipe contou com a colaboração de doutorandos, mestrandos e graduandos de diversas universidades, reforçando o caráter colaborativo do evento. Acesse o site do evento clicando aqui.

O VI Simpósio foi enriquecido por simpósios temáticos que abordaram questões fundamentais sobre as interações entre história, ambiente e sociedade.  Entre eles, destacaram-se:

  • Conexões Globais: Paisagem, Animais, Plantas e Água
Este simpósio explorou os impactos da "Grande Aceleração do Antropoceno" no Brasil, destacando como a expansão agrícola, a introdução de novas espécies e os deslocamentos populacionais moldaram paisagens e interações ecológicas e sociais. Temas como biodiversidade, monoculturas, infraestrutura e transformações urbanas foram amplamente discutidos.


  • Crise Socioambiental Global: Limites e Alternativas
Focado nos desastres socioambientais, este simpósio abordou enchentes, secas e deslizamentos, discutindo as ambiguidades das políticas públicas e as iniciativas de diferentes atores históricos para enfrentar esses desafios.


  • Movimentações e Ideias sobre o Ambiente: Migrações, Ideias e Percepções
Este simpósio reuniu pesquisas sobre a relação entre migrações humanas e suas implicações ecológicas, além da historicidade das ideias sobre o ambiente. Foram debatidos discursos religiosos, científicos, políticos e econômicos, conectando elementos locais e globais.

Com 336 participantes de diferentes partes do mundo, o simpósio incluiu conferências transmitidas pelo canal do LABIMHA, apresentações realizadas via Google Meet e o lançamento de obras acadêmicas. Os Anais do evento podem ser acessados aqui. O evento foi um marco não só para o LABIMHA, mas para toda a comunidade de pesquisadores da área, reafirmando a importância de se pensar as relações entre história, ambiente e migrações.

Para conferir como foi o simpósio, acesse o canal do LaBima clicando aqui.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Aconteceu o V Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil

Nos dias 11 e 12 de dezembro de 2024, aconteceu o V Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil, organizado pelo Laboratório História e Natureza (LabHeN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O evento teve como tema central: “Enchentes, Queimadas e Cidades entre Extremos: Qual o papel da História Ambiental?”. Com duração de dois dias, o encontro reuniu pesquisadores de diversas instituições e contou com uma programação rica e diversificada. 


A Palestra de abertura ministrada pela professora Dra. Lise Sedrez,  abordou o tema “Os Escafandristas: Cidades Submersas, Pesquisas e Agendas”. 


Ocorreram 3 Mesas com apresentações, com a participação de membros de diferentes grupos e laboratórios de pesquisa do Brasil. Também ocorreu após a terceira mesa um momento de encontro entre os coordenadores de grupos de pesquisas, que tiveram como missão estabelecer uma reflexão sobre os últimos cinco anos do encontro, e as perspectivas para o evento da SOLCHA, que será realizado no Rio de Janeiro em 2025. A mesa contou com a presença de coordenadores e coordenadoras de diversos grupos.


 
Por último, a palestra de encerramento, ela foi ministrada pelo professor Dr. Wesley Kettle, encerrando o evento com reflexões importantes para o campo da História Ambiental.




O evento foi transmitido ao vivo, e você podo acompanhar acessando a playlist aqui.

 



sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Participação GPHAVI no V Encontro Virtual de Grupos e Laboratórios de História Ambiental do Brasil


Tivemos a honra de participar do V Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil, um evento que reuniu pesquisadores e grupos dedicados a esse campo interdisciplinar. 

Durante o encontro, nossa colega, a historiadora e pesquisadora Suzana Beatriz Peters, apresentou o trabalho intitulado: "Entre Extremos: Discursos da Gestão Territorial e Conflitos na APA de Pouso Alto - GO no Documentário Ser Tão Velho Cerrado". Sua apresentação destacou questões centrais sobre a gestão territorial e os desafios enfrentados na preservação ambiental, com base em um estudo profundo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto, em Goiás. Para assistir a apresentação de Suzana clique aqui!

Na mesa final do evento, contamos também com a participação do professor Martin Stabel Garrote, um dos coordenadores de grupo, marcando a presença do GPHAVI. O evento foi uma excelente oportunidade para trocar conhecimentos, fortalecer parcerias e ampliar o diálogo sobre a história ambiental no Brasil.

Clique aqui para assistir!



Iniciamos o Projeto de Desenvolvimento Sustentável no Entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI), SC!

Temos o prazer de anunciar o início de um projeto que promete fortalecer o desenvolvimento sustentável no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI), Santa Catarina, e ao mesmo tempo fortalecer nosso grupo de pesquisa. Este projeto, conduzido pelo Grupo de Pesquisa em História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAVI), foi selecionado através do Edital CP 51/2024 - ACAFE da FAPESC, que visa apoiar iniciativas inovadoras em laboratórios vinculados à rede ACAFE.


Nosso foco é investigar e promover atividades econômicas sustentáveis na região do PNSI, valorizando sua biodiversidade e as comunidades locais. 

Dividido em três etapas principais, o projeto abrange: 

-Mapeamento das atividades econômicas sustentáveis: identificaremos práticas que integram desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Um mapa temático será elaborado com as principais atividades.

-Promoção do birdwatching: ampliaremos o conhecimento sobre a rica avifauna local, criando trilhas e mapas específicos para observação de aves, incentivando o turismo sustentável.

-Disseminação científica e engajamento comunitário: os resultados serão amplamente divulgados por meio de mapas, publicações no blog do GPHAVI, redes sociais e um evento em uma das comunidades do entorno.

O projeto conta com um time interdisciplinar de especialistas, incluindo:
Dr. Gilberto Friedenreich dos Santos,
Dr. Carlos Eduardo Zimmerman,
Dr. Martin Stabel Garrote,
Dr. Vanessa Dambrowski.

Por que o PNSI?

A região do Parque Nacional da Serra do Itajaí tem um histórico de desenvolvimento baseado na exploração dos recursos naturais. Desde a sua criação, em 2004, novos modelos de conservação e desenvolvimento começaram a surgir, transformando a dinâmica local. Nosso projeto busca consolidar essas mudanças, contribuindo para práticas que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a população.

Resultados Esperados:
-Um mapa temático detalhado das atividades econômicas sustentáveis.
-Listas e mapas de trilhas para observação de aves, incentivando o turismo ecológico.
-Produção de conteúdo científico e informativo para conscientizar e envolver as comunidades locais.
-Estratégias e recomendações práticas para fortalecer iniciativas sustentáveis na região.

Estamos muito animados com o impacto que este projeto pode gerar! Em breve, lançaremos uma página exclusiva no blog do GPHAVI e compartilharemos atualizações em nossas redes sociais. Acompanhe e participe conosco desta jornada em prol do desenvolvimento sustentável no coração de Santa Catarina.

📌 Fique de olho em nossas novidades e ajude-nos a promover um futuro mais sustentável! 

Realização:


Financiamento:
 









quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Finalizando o ano com última reunião PIBIC-CNPQ Graduação



No dia 11/12/2024, aconteceu a última reunião do ano da pesquisa do GPHAVI "História Ambiental da Agropecuária no Vale do Itajaí nos Séculos XVIII e XIX", vinculada a projeto maior no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB, e coordenada pelo Dr. Gilberto Friedenreich dos Santos. A pesquisa busca compreender os aspectos históricos da agropecuária na região ao longo dos séculos XVIII e XIX, com atividades que incluem a participação de estudantes em iniciação científica. A notícia é que realizamos nosso último encontro através da web, e durante a reunião, os estudantes Francine e Felipe apresentaram seus fichamentos e atividades desenvolvidas ao longo do ano. Os pesquisadores Martin e Gilberto orientaram os participantes sobre a organização dos dados coletados, preparando-os para a elaboração dos textos de resultados e discussões. Além disso, o pesquisador Martin realizou uma demonstração prática de ferramentas de Inteligência Artificial úteis para a pesquisa acadêmica, como o SciSpace, o Research Rabbit e o NotebookLM, destacando suas funcionalidades e aplicações para melhorar o desenvolvimento das atividades. 

O retorno das atividades da IC está previsto para o final de janeiro de 2025. Acompanhe o blog para mais atualizações sobre os próximos passos da pesquisa!