Figura 1 |
A mineradora Vale adotou em 2017 o lema ‘Mariana nunca mais’, em alusão ao acidente na barragem da mineradora Samarco, ocorrido há 3 anos, e que destruiu a bacia do rio Doce. A Samarco é controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton. Pois Mariana voltou a acontecer nesta sexta-feira (25), em doses (por enquanto) menores do ponto de vista ambiental e maiores do ponto de vista humano. Se a tragédia ocorrida em novembro de 2015 deixou 19 mortos, na de hoje estão confirmados 7 mortos e mais de 150 pessoas desaparecidas. No total, três barragens de rejeitos de mineração se romperam no fim da manhã desta sexta-feira (25), mudando a paisagem do município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, até o início da noite 189 pessoas foram resgatadas com vida. Parte são funcionários da própria Vale, que estavam almoçando no momento do acidente. A lama atingiu o rio Paraopeba, ‒ que faz parte do sistema de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte ‒, e segue a caminho do município de Betim e Pará de Minas.
As prefeituras pediram para que moradores esvaziem casas próximas das margens do rio. A lama deverá atingir a hidrelétrica de Retiro Baixo, localizada entre os municípios de Curvelo e Pompeu, no domingo. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão agora ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a hidrelétrica deve amortecer a onda de rejeitos. Se a lama for segurada, Furnas terá uma hidrelétrica a menos, mas isso evitará que a lama chegue ao rio São Francisco. Se transbordar, a tragédia de Brumadinho tem chances de superar Mariana no posto de maior tragédia ambiental da história. Para ler a continuação dessa matéria clique aqui.
-Fonte do texto: BRAGANÇA, Daniele. Vale repete Mariana e rejeitos poderão chegar ao rio São Francisco. O ECCO. Disponível em: https://www.oeco.org.br/noticias/vale-repete-mariana-e-rejeitos-poderao-chegar-ao-rio-sao-francisco/ Acesso em 25 de janeiro de 2019.
“As mineradoras em Minas fazem o que bem entendem”, diz jornalista que escreveu livro sobre Mariana - clique aqui.
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