"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

URGENTE: vaga contratação temporária

O GPHAVI através dos recursos FUNDES precisa urgentemente estudante, regularmente matriculado na FURB, que tenha estudado o ensino médio em escola pública, e seja, ou tenha morado mais de 2 anos no Estado de Santa Catarina, para serviços de auxiliar de pesquisa e escritório no laboratório do grupo. 

Perfil da vaga:
-Estudante da FURB
-Ter Ensino Médio de Escola Pública
-Ser catarinense
-Ou ter dois anos de comprovação de moradia no estado.

Período: 3 meses (Remuneração Descontada da mensalidade (3 x de R$622,00)).

Interessados devem comparecer para entrevista: Período vespertino, de segunda a sexta-feira na sala R-109, e tratar com os professores Martin ou Gilberto.

Maiores informações solicitar por e-mail: gphavi.furb@yahoo.com.br


Museus e História Ambiental: alguns artigos do amigo historiador ambiental Paulo Henrique Martinez

Nosso colega historiador Paulo Henrique Martinez enviou dois de seus últimos textos publicados que tratam da temática "Museus e História Ambiental no Brasil".

No primeiro artigo: A nação pela pedra: coleções de paleontologia no Brasil, 1836-1844, Martinez aborda: "[...] A formação e o estudo de coleções de história natural e de paleontologia participaram da instauração da ordem política do Império do Brasil, delineando também uma ordem científica. A simbiose entre ciência e nação encontrou em Peter W. Lund, iniciador dos estudos de paleontologia em nosso país, um agente ativo e constante. As coleções e escritos desse naturalista deram amparo à visualização do passado e à escrita da história em museus, instituições científicas e culturais brasileiras e europeias. As disputas pelo ordenamento político sob as Regências e a Maioridade foram acompanhadas de perto pelo estudo e a explicação das formas de vida e do globo no passado [...]".


Clique aqui para ler o artigo


No segundo artigo: A nação pela pluma Natureza e sociedade no Museu do Índio (Rio de Janeiro, 1953-1957), Martinez trata da "[...] história política do Museu do Índio, criado em 1953, no Rio de Janeiro, sob a orientação institucional do antropólogo Darcy Ribeiro, permite conhecer algumas relações sociais estabelecidas em torno de elementos da natureza no Brasil. O estudo do momento inicial na constituição deste patrimônio cultural, de sua história e das disputas que gerou, inclusive na memória, é realizado a partir da noção de “coerência ilusória” de uma geração de etnólogos, militares e intelectuais e da ação do Estado nacional brasileiro na década de 1950. As fontes e documentação consultadas são de natureza arquivística, jornalística e bibliográfica.


BOA LEITURA!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

História do Morro do Cachorro: Natureza na Revista Blumenau em Cadernos

Iniciaremos a divulgar análises de textos/artigos publicados na Revista Blumenau em Cadernos, e nesta primeira edição analisaremos o artigo "História do Morro do Cachorro", que foi publicado no nº10 do Tomo XIV, páginas 193-194, revista de 1973. 

O texto é uma reprodução relativa à nota de autoria de G. Artur Koehler, que foi diretor do periódico Der Urwaldsbote, e publicou essa história no seu jornal, no número 5 de 29 de junho de 1905.

Conforme Koehler, o Morro do Cachorro é uma elevação de destaque na paisagem de Blumenau, sendo a terceira maior elevação do território. Também foi chamado Morro Dna Carolina Jensen, terras que pertenciam a esta família. O local era de difícil acesso, e não havia estrada como a que existe hoje devido o sistema de antenas de transmissão. 

No texto é possível identificar alguns elementos da paisagem da época:

"[...] do cume desse morro, situado na divisa entre Blumenau e Gaspar, descortina-se uma visão maravilhosa de todo baixo Itajaí, vendo-se em dias claros, muitas das localidades da região, como Brusque, Ilhota, Luiz Alves, Itajaí, as praias litorâneas desde Barra Velha e Porto Belo [...] Dê lá de cima, diante daquela paisagem estonteante, pode-se também, ter uma ideia exata da topografia de todo o vale, que não passa de uma sucessão de elevações, algumas formas exóticas ou bizarras, e de estreitas várzeas agriculturáveis  cortadas de inúmeros pequenos rios e riachos, pontilhada de povoações, com suas igrejinhas brancas pondo no verde do ambiente uma nota de bucolismo e de poesia [...] mas nos tempos da colonização, e nos princípios desse século ( referindo-se ao XX) galgar aquela elevação era uma verdadeira aventura. Era uma tarefa de autêntico alpinismo, pois as encostas do morro são bastante ingrimes e a subida a pé, pela floresta quase impenetrável, é cheia de percalços de difícil transposição"

É possível destacar destes trechos citados uma descrição do vale do Itajaí, da sua formação geográfica ondulada, repleta de montanhas e vales. E nas várzeas aglomerados humanos, com uma paisagem de uso do solo destacada. Também demonstra elementos da paisagem do morro, que possuía densa floresta, pois foi visualizada como impenetrável. 

A história segue e conta como o morro ganha esse nome. Conforme nos conta Koehler, em 1875 uma expedição comandada por  Felippe Volles resolve subir o destemido morro. No texto alguns detalhes da natureza do morro são citados referindo-se a subida do grupo "[...] Foram progredindo com muito esforço, firmando o pé nos inúmeros pedrouços, nas saliências das raízes e agarrando-se aos anosos troncos da densa vegetação [...]"  

Na companhia de Volles estava Júlio Sametzki, alferes de Dr. Blumenau, e que possuía uma cadelinha que sempre o acompanhava.  Nesta expedição a cadela ficou em casa, mas escondida de seu dono resolver segui-lo. Quando a expedição estava na metade do caminho, por surpresa do grupo a cachorrinha apareceu. O grupo resolveu leva-la junto, pois para descer do morro daria muito trabalho. O fato é que a cadela estava prenha, a ao chegarem no cume do morro ela entra em parto e faz nascer quatro lindos cachorrinhos. O grupo decidiu matar os filhotes pois não haveria como desce-los e a cachorrinha foi levada no colo por um dos colonos participantes. A história ganhou bocas e o morro da Dna Carolina Jensen foi sendo chamado de Morro dos Cachorros, e hoje apenas de Morro do Cachorro.

Fonte: A HISTÓRIA DO MORRO do cachorro. Revista Blumenau em Cadernos, n.10, Tomo XIV, p.193-194, 1973.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Animação: Homem

Animação de Steve Cutt demonstra uma sátira sobre a relação do homem com o ambiente. O personagem, o HOMEM, age como um maestro/mágico constituindo com sua criatividade, habilidade e noção de desenvolvimento um ambiente caótico, e no qual ele torna-se o Rei.




domingo, 24 de fevereiro de 2013

Chamada para entrevistas de Iniciação Científica PIPe 2013 GPHAVI


Os interessados em desenvolver uma pesquisa de Iniciação Científica PIPe divulgados na postagem 

Aprovadas duas pesquisas pelo PIPE para investigar a História das Serrarias do Parque Nacional Serra do Itajaí com parceria com o IPAN e ICMBio   deverão comparecer para entrevista na sala R-109 no dia 26 de fevereiro as 14:30 as 15:30


As pesquisas a serem realizadas são:

HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DA SERRARIA SÃO FRANCISCO (PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ, BLUMENAU, SC) 

HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DAS ANTIGAS SERRARIAS DO TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ (SANTA CATARINA, VALE DO ITAJAÍ)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Simpósio Brasil/Estados Unidos em História Ambiental: definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum

Caçada de um Cougar ou Suçuarana nos EUA
Fonte:Blog Páginas Ambientais
 
Ocorre entre os dias 12 e 15 de março de 2013 o Simpósio Brasil/Estados Unidos em História Ambiental: definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História Social do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e conta com a parceria do com o Programa de Pós-graduação em história das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ, e do Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

O evento vem sendo organizado desde 2010 e buscou reunir os melhores pesquisadores da área de História Ambiental dos Estados Unidos e do Brasil. O objetivo é fomentar um diálogo comparativo entre os pesquisadores dos países. Conforme o professores José Augusto Padua e Lise Sedrez, já estão confirmadas  a presença dos historiadores: Donald Worster, John McNeill, Martin Melosi, Linda Nash, Louis Warren, Nancy Langston,  Thomas Dunlap, e outros 15 pesquisadores brasileiros.


As inscrições são limitadas e devem ser feitas através do e-mail tayla.ga@gmail.com (Tayla Antunes), com cópia para jpadua@terra.com.br e lise@sedrez.com

Maiores informações ver na Rede Brasileira de História Ambiental

Confira a programação:

12 de Março
19:00 – Palestra de aberturaDonald Worster – “Facing Limits:  From an Age of Abundance to an Age of Vulnerability.”
Debatedor: José Augusto Drummond  (Universidade de Brasília)
13 de março
8:30 – 10:30  – Painel sobre  Ambientes Urbanos
Martin Melosi (Universidade de Houston)
Lise Sedrez  (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Regina Duarte  (Universidade Federal de Minas Gerais)
11:00 – 13:00 – Painel  sobre Florestas, Biodiversidade e Unidades de Conservação
Nancy Langston (Universidade de Wisconsin)
José Luiz Franco  (Universidade de Brasília)
Rogério Oliveira (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
15:00 – 17:00 –Painel sobre Fronteiras e Padrões de Ocupação Regional
Donald Worster (Universidade do Kansas)
José Augusto Drummond  (Universidade de Brasília)
Susana Cesco (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
18:00 – Mesa redonda para o grande público: Ecologias, Populações e Saberes Científicos: Perspectivas da História Ambiental
John McNeill (Universidade de Georgetown)
Louis Warren (Universidade da Califórnia, Davis)
Linda Nash (Universidade de Washington)
Debatedor: José Augusto Pádua  (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
14 de Março
8:30-10:30 – Painel sobre Políticas Públicas e Construção Territorial
John McNeill (Universidade de Georgetown)
José Augusto Pádua  (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Haruf Spindola (Universidade Vale do Rio Doce)
11:00 – 13:00 – Painel sobre  Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais
Louis Warren (Universidade da Califórnia, Davis)
Eunice Nodari  (Universidade Federal de Santa Catarina)
Leila Mourão  (Universidade Federal do Pará)
15:00-17:00 – Painel sobre  Doenças, Saberes Científicos e Representações da Natureza
Linda Nash (Universidade de Washington)
Lorelai Kury  (Casa de Oswaldo Cruz)
Dora Shellard Corrêa  (Centro Universitário FIEO)
18:00 – Mesa redonda para o grande público: Cidades, Corpos e Culturas: Perspectivas da História Ambiental
Martin Melosi (Universidade de Houston)
Nancy Langston (Universidade de Wisconsin)
Thomas Dunlap (Univeridade de Texas A&M)
 Debatedora: Lise Sedrez  (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
15 de Março
8:30-10:30 – Painel sobre Movimentos, Idéias e Legislações Ambientais
Thomas Dunlap (Univeridade de Texas A&M)
Paulo Martinez  (Universidade Estadual Paulista – Assis)
Ely Bergo de Carvalho  (Universidade Federal de Minas Gerais)
11:00 – 13:00 – Discussão sobre uma agenda de pesquisas comparadas Brasil-EUA
Mediadora: Lise Sedrez  (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Fonte: Rede Brasileira de História Ambiental

Maiores informações (pós evento: http://labhe.historia.ufrj.br/index.php)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Aprovadas duas pesquisas pelo PIPE para investigar a História das Serrarias do Parque Nacional Serra do Itajaí com parceria com o IPAN e ICMBio


Saiu o resultado do edital PIPe 2013 (ver), e o GPHAVI aprovou dois projetos:

HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DA SERRARIA SÃO FRANCISCO (PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ, BLUMENAU, SC) 


HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DAS ANTIGAS SERRARIAS DO TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ (SANTA CATARINA, VALE DO ITAJAÍ)


Serraria São Francisco - 1970
Fonte: Acervo GPHAVI
Segundo o pesquisador Martin Stabel Garrote, com estes projetos serão contratados 3 (três) bolsistas (acadêmicos da FURB, com aprovação no Cadastro Sócio Econômico Art. 170), que realizarão levantamento inicial da História da Exploração da Madeira no território do parque. Os projetos durarão de março de 2013 até fevereiro de 2014,  após isso serão realizadas outros projetos vinculados com os Programas de Iniciação Científica da FURB,  e projetos através de fomento externo da IES, por iniciativa governamental e privada (parcerias e patrocinadores).  O projeto é uma iniciativa do GPHAVI com parceria entre o Instituto Parque das Nascentes - IPAN, ONG que atua no entorno da Unidade de Conservação e região,  e o Instituto Chico Mendez de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, entidade governamental que administra o parque desde sua criação em 2004.


Inicialmente estão abertas as inscrições para candidatos para as bolsas. Será veiculado no blog, horário e data para as entrevistas (interessados enviar e-mail). Acadêmicos das áreas de História, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Engenharia Florestal, e áreas afins poderão participar, mas vale lembrar que todos devem se inscrever no Cadastro Sócio Econômico de 2013, que tem como prazo de suas inscrições  até 20 de março, 20:00 horas. 


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PIBIC Ensino Médio investigará a História Ambiental da Rizicultura em Doutor Pedrinho (Alto Vale do Itajaí - SC)

No dia 15 de dezembro do ano de 2012 foi divulgado pelo CNPq os resultados da Chamada Bolsa de Iniciação Científica Júnior PIBIC-EM 2013/2014, que contempla bolsas para estudantes de Ensino Médio da rede pública. Na ocasião, a Universidade Regional de Blumenau, através da Divisão de Apoio a Pesquisa, e parceria com o GPHAVI  aprovaram a pesquisa História Ambiental da Rizicultura em Doutor Pedrinho - SC

Preparo da terra para Rizicultura em Doutor Pedrinho 1930.
Fonte: Acervo Ana Cláudia Moser
Quando lançado o edital, a pesquisadora do GPHAVI, e Mestre em Desenvolvimento Regional, Ana Claudia Moser procurou o professor Gilberto com o edital do CNPq e com interesse em participar para ampliar seus estudos sobre o uso da tecnologia na rizicultura e os impactos na relação homem natureza, assim como propiciar a jovens do ensino médio de Doutor Pedrinho, atitudes e habilidades voltados à educação científica e tecnológica, fortalecendo a disseminação dos conhecimentos científicos e tecnológicos básicos a estudantes da região, e que de certa forma estão envolvidos com o principal ramo econômico do município. Desta maneira, serão preparados jovens para o Ensino Superior, formando agentes que possibilitem contribuições científicas e tecnológicas para o desenvolvimento da sociedade.

Segundo o professor Gilberto, coordenador do GPHAVI (Departamento de História e Geografia), o  objetivo geral da pesquisa é analisar a história ambiental da rizicultura no município de Doutor Pedrinho-SC, com o propósito de explicar o papel que a tecnologia desempenha no agravamento dos problemas ambientais da região.


No momento estão sendo selecionados os jovens estudantes e logo iniciarão as atividades da pesquisa. A pesquisa será realizada no território de Doutor Pedrinho, com 4 (quatro) jovens da comunidade local,  que receberão em conta bancária a bolsa do CNPq (R$100 cada bolsa), e terão acesso a observar e participar  com mestres, doutores pesquisadores da ciência em ação. 

Acompanhe o blog e em breve serão disponibilizadas imagens e mais informações sobre esta pesquisa do GPHAVI.