"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

sábado, 22 de janeiro de 2022

Colonização, desenvolvimento e ações antrópicas na floresta atlântica do Parque das Nascentes em Blumenau-SC

Os estudos do GPHAVI foram iniciados no entorno do Parque Natural Municipal Nascentes do Garcia, uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, cujo a sede localiza-se na Segunda Vargem do Rio Garcia, na comunidade da Nova Rússia, Bairro Progresso, no Sul de Blumenau. Um dos principais registros desse processo da pesquisa foi divulgado na Revista Blumenau em Cadernos, no tomo número 49, no seu numero 6 publicado em novembro/dezembro de 2008. 
A história do desenvolvimento da Nova Rússia esta ligada a forma de usos dos elementos da biodiversidade da floresta atlântica, explorando-a ao ponto de gerar desequilíbrio ecológico, processo iniciado por intervenções de caça, e coleta de palmito, e intensificado pela mineração, e exploração madeireira que avançou ameaçando os mananciais de água que abastecem Blumenau e região (Indaial, Gaspar, e Guabiruba), associado a prática de subsistência e esportiva da caça e roubo do palmito pelos colonos e interessados na exploração. 
A partir de 1973 em Blumenau inicia-se a luta preservacionista da natureza através da organização da sociedade civil. As muitas ações de biólogos, ambientalistas e ONGs passam a militar com campanhas contra o processo de exploração de madeira, caça e palmito no sul de Blumenau, no que resultou na conservação de boa parte de Floresta Atlântica, e hoje, após anos de lutas, a área passou a ser protegida pelo Parque Natural Municipal Nascentes do Garcia a partir de 1998, e integrado ao Parque Nacional da Serra do Itajaí em 2004, que além de conservar o sul de Blumenau (e Indaial) e área do PNMNG, abrange mais outros sete municípios totalizando uma área maior de 50.000 hectares de Floresta Atlântica que cobre a Serra do Itajaí. 
Foram pesquisados os fatos durante o período do início da colonização da região em 1890 até o momento de criação do PNMNG, em 1998. Identificando o processo de ocupação humana apontando as influências antrópicas ocasionadas a Floresta Atlântica, e as consequências dessa relação a floresta e à própria comunidade. Os dados foram obtidos através de uma busca de informações primárias através da História Oral, resgatando a memória de sete membros da comunidade com média etária de 70 anos, descendentes diretos dos primeiros colonizadores da região, e em fontes secundárias através de bibliografias, periódicos e demais produções científicas que retratassem a história da região da Nova Rússia e do parque, a forma de uso dos recursos da floresta, as consequências dessa interferência à Floresta Atlântica e à própria comunidade local. Para acessar na integra esse estudo clique aqui. Se preferir olhar a publicação e o restante da revista e seu conteúdo, acesse clicando aqui.

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