"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Um pouco da História Ambiental das comunidades de pescadores Costeira e Ribeira no Canal do Linguado - SC

Em 2015 as pesquisas realizadas pelo grupo no litoral instigaram os pesquisadores a investigar  través da História Ambiental, as comunidades de pescadores tradicionais da região do Canal do Linguado, em Santa Catarina. Em 20015 foi submetido o projeto de IC Canal do Linguado (norte da zona costeira do Estado de Santa Catarina): um estudo de história ambiental das comunidades tradicionais de pescadores, e desenvolvida com fomento de bolsas de IC pelo edital SED/FUMDES/Artigo 171 de 2015, com a participação de dois bolsistas, o estudante de História Wilham Verner Zilz e de Ciências Biológicas Dilso Roecker Junior. A pesquisa foi desenvolvida em duas comunidades situadas ao longo do canal do Linguado, norte da zona costeira do Estado de Santa Catarina. Uma situada a montante na margem esquerda do canal localizada no município de São Francisco do Sul, a comunidade da Ribeira; a outra situada à jusante da margem direita do canal no município de Barra do Sul. A Iniciação Científica contribuiu com o conhecimento sobre a região, e integrou outras pesquisas em desenvolvimento pelo Edital Pró-Integração n. 55/213, e os projetos interdisciplinares de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEA e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional- PPGDR da Universidade Regional de Blumenau, e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) de Portugal. Os resultados da pesquisa foram publicados na Revista da Universidade do Vale do Rio Verde, no volume 15, número 2 de agosto/dezembro de 2017. 
De modo geral, esta pesquisa permitiu o aprofundamento sobre a história das comunidades, a tecnologia empregada e sua evolução, as formas de uso do solo, a atividade pesqueira e as mudanças ambientais, permitindo esboçar um horizonte para as próximas gerações de pescadores artesanais, sobretudo, evidenciando os problemas ambientais ocasionados em decorrência da antropização do território. A pesca artesanal no seu início apresentava diversas dificuldades ao pescador, que com o passar do tempo, e a evolução das tecnologias facilitaram sua vida, mas também mudaram o seu cotidiano. Permitiu aos pescadores uma autonomia maior, ao passo que facilitou o escoamento de sua produção, pois o pescador parou de “trocar”, para comercializar a grande parte do pescado. O processo de modernização da pesca e da urbanização desvinculou a continuação do uso do solo para agricultura familiar, visto que adventos possibilitaram acesso mais fácil a centros comerciais além de um adensamento da população. Assim, a urbanização e a tecnologia, de fato facilitaram a atividade pesqueira, mas os usos tecnológicos para construções de grandes empreendimentos e o avanço desenfreado e não planejado da urbanização e consequentemente as transformações ambientais fragilizaram o ecossistema das comunidades de pescadores. Nesse sentido, os pescadores, se sentem preocupados com o futuro da pesca artesanal, por consequência das transformações ambientais tanto antropológicas, alterando a paisagem, quanto naturais.  Para ver os resultados identificados nesta pesquisa de IC, acesse aqui o artigo publicado pelos bolsistas na revista clicando aqui.

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