quinta-feira, 28 de março de 2013
Dia 01 de abril tem Ciclo de Debates: O Golpe de 64 e a Comissão da Verdade"
Os Cursos de Ciências Sociais e Ciências da Religião da FURB, promovem no dia 01 de abril de 2013 o Primeiro Ciclo de Debates "O Golpe de 64 e a Comissão da Verdade", com os seguintes palestrantes:
Sr. Prudente José Silveira Mello - Advogado da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça;
Padre Vilson Groh - Membro do Centro Cultural Escrava Anastácia;
Doutoranda Cristina Ferreira - Docente do Curso de História da FURB;
Sr. Ricardo Freitas - Assessora Sindical.
Mediador: Professor Nelson Garcia Santos
Os participantes receberão certificado de 4 h/a para validar como AACC's.
Data: 01/04
Horário: 18h30min às 22h
Local: Câmpus 1 - Auditório Bloco T - Prof. Rivadávia Wollstein - Mapa
Informações: E-mail: cchc@furb.br | CCHC - Bloco R - Câmpus 1
FONTE:
http://www.furb.br/web/2683/eventos/primeiro-ciclo-de-debates-o-golpe-de-64-e-a-comissao-da-verdade/1329
sexta-feira, 22 de março de 2013
RESULTADOS: Simpósio Diálogo Brasil/EUA em História Ambiental: Definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum
Ocorreu nos dias 12-15 de março o Simpósio Diálogo Brasil/EUA em História Ambiental: Definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum que teve como objetivo fomentar o diálogo aberto e comparativo entre pesquisadores dos dois maiores territórios nacionais das Américas, espaços históricos dotados de algumas semelhanças e notáveis diferenças em seus processos de formação.
Os participantes, pesquisadores dos Estados Unidos e Brasil que apresentaram no evento disponibilizaram seus textos, e a organização do evento disponibilizou os documentos e o áudio das comunicações para a comunidade acadêmica.
PARTICIPANTES EUA
Donald Worster (Universidade do Kansas)
John McNeill (Universidade de Georgetown)
Linda Nash (Universidade de Washington)
Louis Warren (Universidade da Califórnia, Davis)
Martin Melosi (Universidade de Houston)
Nancy Langston (Universidade de Wisconsin)
Thomas Dunlap (Universidade de Texas A&M)
PARTICIPANTES BRASIL
José Augusto Pádua (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Susana Cesco (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Ely Bergo de Carvalho (Universidade Federal de Minas Gerais)
Eunice Nodari (Universidade Federal de Santa Catarina)
Haruf Espindola (Universidade Vale do Rio Doce)
José Augusto Drummond (Universidade de Brasília)
José Luiz Franco (Universidade de Brasília)
Leila Mourão (Universidade Federal do Pará)
Paulo Martinez (Universidade Estadual Paulista - Assis)
Regina Horta Duarte (Universidade Federal de Minas Gerais)
Rogério Ribeiro de Oliveira (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Lorelai Kury (Casa de Oswaldo Cruz)
Dora Corrêa (Centro Universitário FIEO)
Vídeos do simpósio disponibilizados no youtube:
Simpósio História Ambiental_Painel Legislação
Simpósio História Ambiental_Mesa-redonda Corpos, Cultura
Simpósio História Ambiental_Painel Doenças, Representações da Natureza
Simpósio História Ambiental Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais 1/2
Simpósio História Ambiental Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais 2/2
Simpósio História Ambiental_Painel Políticas Públicas e Construção Territorial
Simpósio História Ambiental _ Mesa redonda
Simpósio História Ambiental_Painel Cidades, Corpos e Culturas Perspectivas da História Ambiental
Simpósio História Ambiental_Painel Fronteira e Migrações
Simpósio de História Ambiental - Painel Ambientes Urbanos
Maiores informações
Vídeos do simpósio disponibilizados no youtube:
Simpósio História Ambiental_Painel Legislação
Simpósio História Ambiental_Mesa-redonda Corpos, Cultura
Simpósio História Ambiental_Painel Doenças, Representações da Natureza
Simpósio História Ambiental Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais 1/2
Simpósio História Ambiental Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais 2/2
Simpósio História Ambiental_Painel Políticas Públicas e Construção Territorial
Simpósio História Ambiental _ Mesa redonda
Simpósio História Ambiental_Painel Cidades, Corpos e Culturas Perspectivas da História Ambiental
Simpósio História Ambiental_Painel Fronteira e Migrações
Simpósio de História Ambiental - Painel Ambientes Urbanos
Maiores informações
segunda-feira, 18 de março de 2013
Chamada para entrevistas PESQUISA FUNDES 2013-2015
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
(Aguarde novas chamadas - em breve)
O Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí submeteu duas pesquisas para o FUNDES, com espaço para três pesquisadores-bolsistas para realizarem as Iniciações Científicas. Foram encaminhadas as pesquisas:
-A produção de arroz na bacia hidrográfica do rio Benedito (Vale do Itajaí); tecnologia, sociedade e natureza. (1 bolsa).
- Subsídios para a história ambiental das antigas serrarias do sul de Blumenau no território do Parque Nacional da Serra do Itajaí. (2 bolsas).
Os candidatos devem comparecer para entrevista na sede do GPHAVI, Campus 1, sala R-109 das 14:00 as 16:00 horas para entrevista.
OBS: Os candidatos devem ter os quesitos para a Bolsa FUNDES, que são: Ser catarinense (certidão de nascimento), ou ter comprovantes de 2 anos de moradia no Estado de Santa Catarina; ter estudado em escola pública durante todo o Ensino Médio, ou ter estudado com bolsa de estudo integral ou parcial em escola de Ensino Médio Privada.
sexta-feira, 8 de março de 2013
A caçada da onça
Neste texto a Historiadora Sandra Regina Rosa da Costa(1) apresenta uma história sobre "A caçada da Onça", produzido a partir de uma pesquisa realizada com seus alunos na comunidade "Toca da Onça". No estudo a historiadora e estudantes desvendaram o porque da localidade ter este apelido...
Era agosto de 1955 quando um
grupo de caçadores que morava no Vale do Itajaí, na região de Blumenau entre a
Fortaleza e Gaspar, se deparou com uma enorme onça. O
animal pesava aproximadamente 100 quilos e seu comprimento da cabeça ao rabo
era de 2 metros
e meio.
Nessa
localidade, moravam apenas quatro famílias. Uma delas era a do senhor Alfredo
Kath, que após casar-se com dona Helga, compraram essas terras do senhor Fritz
Hering e para lá foram morar. Construíram sua casa e ali eram agricultores,
tirando lenha do mato, plantando abacaxis e criando animais. Assim, essa
localidade ficou conhecida por muito tempo como “Morro do Abacaxi”, devido à
enorme plantação de abacaxis do senhor Alfredo.
Hoje,
conhecemos a região por Bairro Nova Esperança e no lugar dos quatro moradores,
se encontram milhares de famílias oriundas de todos os locais da cidade de
Blumenau e de cidades vizinhas, como também de estados vizinhos, principalmente
o Paraná. Juntamente
com o senhor Alfredo, havia muitas pessoas que por ali caçavam.
Da floresta
Atlântica se caçava paca, cutia, inhambu, gambá, cutia, sabiá, tatu e até
bugio. O senhor Ernesto Sheno, caçador de muitos anos, encontrou no meio do
mato, ossadas de um animal grande. Mais precisamente um graxaim com os ossos
todo ruídos, deduzindo com isso que para matar e comer um animal desses deveria
ser outro animal, maior e mais forte. Também encontrou pelos coloridos, troncos
de árvores raspados e pegados de patas no caminho, constatando assim que se
tratava de uma onça. Até
o momento, ninguém havia percebido o rugir da mesma. Somente uma senhora de
idade, que capinava no mato, prestando serviços na redondeza, dizia: “Aqui tem
uma onça”. Como era pessoa de idade bastante avançada, ninguém dava importância
ao que dizia, apenas achavam graça em seus comentários. Bem vivida essa
senhora, que por viver muitos anos no sítio, já conhecia o modo sorrateiro que
o bicho da selva costumava andar pela floresta...
A
partir da constatação do senhor Ernesto, caçador experiente, todos do lugar
ficaram apavorados. Ninguém mais queria ir para o mato sozinho, muito menos
dormir depois do almoço como era de costume. Senhor
Alfredo tinha dois filhos: Carmem e Nivaldo, que na época frequentavam o Grupo
Escolar Gustavo Richard. Para chegar à escola, eles andavam por uma picada no
meio da mata. E se a onça atacar? Não encontrariam nada mais do que ossos e
material escolar dessas crianças! O pavor estava instaurado na pequena
comunidade.
Um
dia, avistaram a onça na beira do pasto, perto do rebanho. E assim decidiram
que deveriam de capturar a onça. Estava ficando perigoso demais ficar ali a
mercê de um animal de tão grande porte. Homem e animal selvagem no mesmo
habitat não caberiam mais, pois ambos haviam invadido as fronteiras do outro. Hercílio
Deecke era o prefeito de Blumenau, e colocou uma recompensa a quem encontrasse
a onça. A onça viva valeria cem contos de réis, a onça morta, cinqüenta contos.
Iniciou-se então uma busca desenfreada para capturar a onça. Havia muitas
pessoas que se embrenharam na mata adentro a caça do animal sem resultados. Senhor
Alfredo, juntamente com seu amigo caçador, senhor Ernesto, começaram a se
preparar para o dia decisivo de também caçar o animal, com o objetivo principal
de encontrar o sossego que antes tinha em sua propriedade. Treinaram durante a
semana os tiros com suas espingardas, e quando se sentiram seguros,
embrenharam-se mato adentro num domingo de manhã, até encontrarem o esconderijo
do malfadado animal. Para
surpresa deles, o animal já tinha família, era um casal e estava morando bem
perto de sua propriedade, para o lado de Gaspar, porém fazia divisa com suas
terras.
Fizeram
uma emboscada, um em cada lado da toca. Quando o animal chegou, cravaram de
bala. O animal assustado embrenhou-se dentro da toca, que apenas de um buraco
médio dava de ver o bicho. Seu Alfredo disse que o urro do animal estremecia
toda a floresta. Cada vez que o animal colocava a cabeça para fora era quem
mais podia encher o buraco de balas de espingarda. Chegou um momento, tudo
ficou quieto. Não se ouvia mais a onça. Deduziram então que a mesma estava
ferida ou quem sabe morta. Uma pessoa do grupo, seu Klein, resolveu entrar na
toca para tirar o animal. Nesse momento, o animal de súbito dá o bote e ataca o
homem. Mais uma chuva de balas de espingarda e uma delas acaba atingindo a onça
na cabeça, que cai morto. Seu Klein escapa com poucos ferimentos. Seu Alfredo
disse que passaram muita fome no mato e que para tirar a onça dessa toca foi
muito difícil, pois a toca tinha uma abertura pequena e a onça, por se tratar
de um macho, era enorme.
Levaram
o corpo do animal mato adentro e saíram na localidade do Capim Volta.
Revezavam-se, pois depois da onça morta não faltou caçador para ajudar a levar
a mesma para a prefeitura. Após fazerem um desfile na rua XV de Novembro, com a
onça em cima de um carro, a levaram para o campo do Olímpico, onde foi carneado
e tirado o couro. Bateram muitas fotos, porem de tanto emprestarem, muitas se
perderam nos anos que se seguiram. O couro foi levado para um curtume e fizeram
um tapete, depois fizeram uma rifa e quem ganhou foi um senhor que o seu
Alfredo não sabe o nome, que na época morava na Rua Itajaí. Seu Alfredo ainda
ajudou a vender os bilhetes da rifa. A recompensa não foi em dinheiro. Os
cinqüenta contos de Réis nunca vieram. Veio sim, o reconhecimento e a
tranqüilidade para todos que moravam naquela região. Depois
de dois meses, a onça fêmea foi morta no Morro do Cachorro por outros caçadores
e nunca mais se ouviu falar de onças na nossa região.
Seu
Alfredo hoje tem 85 anos, embora doente, ainda nos conta em partes sua
aventura. Ele se perde na questão de tempo, pois tem dúvidas do ano ou da
estação que havia na época. Também nos diz que não se sabe de que espingarda
saiu o tiro que matou a onça. Dona Helga, com 81 anos lembra muita coisa.
Principalmente de que naquela época ali era uma verdadeira floresta fechada.
Lembra que brigaram muito para ter uma estrada, pois apenas tinha uma picada de
mato para poderem ir para o centro. Falou-nos também de seu pai, que no final
da vida veio morar com eles e depois ganhou o nome da primeira escola do
bairro. Eles doaram o terreno para a construção da escola e assim em homenagem
a eles, nomearam a escola com o nome de seu pai: Hermann Hamann. Dona Helga se
lembra das dificuldades de uma época que não tinha luz elétrica, água encanada
e que na medida em que vinham pessoas morarem na região, eles forneciam água de
sua nascente.
Foi
muito bom “resgatar” essa história, e mais ainda, “resgatá-la” para os alunos,
pois nós não devemos apenas respeitar e valorizar as grandes histórias
políticas da cidade, mas também as pequenas histórias, que na vida da gente,
torna-se um grande feito e contribui para o progresso e o desenvolvimento da
nossa região. Esse trabalho foi desenvolvido com a visita a casa do Senhor
Alfredo Kath dos alunos da 4ª série da Escola Básica Municipal Gustavo Richard
do ano de 2006. A
partir das visitas e das entrevistas, todas desenvolvidas informalmente entre
conversas e lembranças, conseguimos reconstruir esse relato histórico da nossa
comunidade. Procurávamos o porquê a nossa localidade tinha o apelido de “Toca
da Onça”. Com certeza a pergunta foi respondida.
(1) Professora da Rede Municipal de Ensino de Blumenau.
Graduada em Pedagogia pela UNIASSELVI. Licenciada Plena em História pela UNIASSELVI,
Pós-Graduada em Metodologia de História e Geografia pelo ICPG. E-mail: costapro@ig.com.br .
domingo, 3 de março de 2013
Florestas da América: uma história de resistência e recuperação
Documentário sobre a exploração florestal nos Estados Unidos.
sábado, 2 de março de 2013
Redwood Indústria Madeireira, norte da Califórnia - 1947
Para visualizar o processo de exploração da madeira, em algumas pesquisas exploratórias no youtube encontramos um pequeno vídeo sobre a exploração da sequoia na Califórnia Estados Unidos, realizada pela Indústria Madeireira Redwood. Através do vídeo algumas técnicas e tecnologias da exploração madeireira podem ser bem visualizadas e compreendidas, e muitas delas se assemelham as que ocorreram durante a fase de exploração de árvores do nosso Vale do Itajaí.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
URGENTE: vaga contratação temporária
O GPHAVI através dos recursos FUNDES precisa urgentemente estudante, regularmente matriculado na FURB, que tenha estudado o ensino médio em escola pública, e seja, ou tenha morado mais de 2 anos no Estado de Santa Catarina, para serviços de auxiliar de pesquisa e escritório no laboratório do grupo.
Perfil da vaga:
-Estudante da FURB
-Ter Ensino Médio de Escola Pública
-Ser catarinense
-Ou ter dois anos de comprovação de moradia no estado.
Período: 3 meses (Remuneração Descontada da mensalidade (3 x de R$622,00)).
Interessados devem comparecer para entrevista: Período vespertino, de segunda a sexta-feira na sala R-109, e tratar com os professores Martin ou Gilberto.
Maiores informações solicitar por e-mail: gphavi.furb@yahoo.com.br
Museus e História Ambiental: alguns artigos do amigo historiador ambiental Paulo Henrique Martinez
Nosso colega historiador Paulo Henrique Martinez enviou dois de seus últimos textos publicados que tratam da temática "Museus e História Ambiental no Brasil".
Clique aqui para ler o artigo
No primeiro artigo: A nação pela pedra: coleções de paleontologia no Brasil, 1836-1844, Martinez aborda: "[...] A formação e o estudo de coleções de história natural e de paleontologia participaram da instauração da ordem política do Império do Brasil, delineando também uma ordem científica. A simbiose entre ciência e nação encontrou em Peter W. Lund, iniciador dos estudos de paleontologia em nosso país, um agente ativo e constante. As coleções e escritos desse naturalista deram amparo à visualização do passado e à escrita da história em museus, instituições científicas e culturais brasileiras e europeias. As disputas pelo ordenamento político sob as Regências e a Maioridade foram acompanhadas de perto pelo estudo e a explicação das formas de vida e do globo no passado [...]".
Clique aqui para ler o artigo
No segundo artigo: A nação pela pluma Natureza e sociedade no Museu do Índio (Rio de Janeiro, 1953-1957), Martinez trata da "[...] história política do Museu do Índio, criado em 1953, no Rio de Janeiro, sob a orientação institucional do antropólogo Darcy Ribeiro, permite conhecer algumas relações sociais estabelecidas em torno de elementos da natureza no Brasil. O estudo do momento inicial na constituição deste patrimônio cultural, de sua história e das disputas que gerou, inclusive na memória, é realizado a partir da noção de “coerência ilusória” de uma geração de etnólogos, militares e intelectuais e da ação do Estado nacional brasileiro na década de 1950. As fontes e documentação consultadas são de natureza arquivística, jornalística e bibliográfica.
BOA LEITURA!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
História do Morro do Cachorro: Natureza na Revista Blumenau em Cadernos
Iniciaremos a divulgar análises de textos/artigos publicados na Revista Blumenau em Cadernos, e nesta primeira edição analisaremos o artigo "História do Morro do Cachorro", que foi publicado no nº10 do Tomo XIV, páginas 193-194, revista de 1973.
O texto é uma reprodução relativa à nota de autoria de G. Artur Koehler, que foi diretor do periódico Der Urwaldsbote, e publicou essa história no seu jornal, no número 5 de 29 de junho de 1905.
Conforme Koehler, o Morro do Cachorro é uma elevação de destaque na paisagem de Blumenau, sendo a terceira maior elevação do território. Também foi chamado Morro Dna Carolina Jensen, terras que pertenciam a esta família. O local era de difícil acesso, e não havia estrada como a que existe hoje devido o sistema de antenas de transmissão.
No texto é possível identificar alguns elementos da paisagem da época:
"[...] do cume desse morro, situado na divisa entre Blumenau e Gaspar, descortina-se uma visão maravilhosa de todo baixo Itajaí, vendo-se em dias claros, muitas das localidades da região, como Brusque, Ilhota, Luiz Alves, Itajaí, as praias litorâneas desde Barra Velha e Porto Belo [...] Dê lá de cima, diante daquela paisagem estonteante, pode-se também, ter uma ideia exata da topografia de todo o vale, que não passa de uma sucessão de elevações, algumas formas exóticas ou bizarras, e de estreitas várzeas agriculturáveis cortadas de inúmeros pequenos rios e riachos, pontilhada de povoações, com suas igrejinhas brancas pondo no verde do ambiente uma nota de bucolismo e de poesia [...] mas nos tempos da colonização, e nos princípios desse século ( referindo-se ao XX) galgar aquela elevação era uma verdadeira aventura. Era uma tarefa de autêntico alpinismo, pois as encostas do morro são bastante ingrimes e a subida a pé, pela floresta quase impenetrável, é cheia de percalços de difícil transposição"
É possível destacar destes trechos citados uma descrição do vale do Itajaí, da sua formação geográfica ondulada, repleta de montanhas e vales. E nas várzeas aglomerados humanos, com uma paisagem de uso do solo destacada. Também demonstra elementos da paisagem do morro, que possuía densa floresta, pois foi visualizada como impenetrável.
A história segue e conta como o morro ganha esse nome. Conforme nos conta Koehler, em 1875 uma expedição comandada por Felippe Volles resolve subir o destemido morro. No texto alguns detalhes da natureza do morro são citados referindo-se a subida do grupo "[...] Foram progredindo com muito esforço, firmando o pé nos inúmeros pedrouços, nas saliências das raízes e agarrando-se aos anosos troncos da densa vegetação [...]"
Na companhia de Volles estava Júlio Sametzki, alferes de Dr. Blumenau, e que possuía uma cadelinha que sempre o acompanhava. Nesta expedição a cadela ficou em casa, mas escondida de seu dono resolver segui-lo. Quando a expedição estava na metade do caminho, por surpresa do grupo a cachorrinha apareceu. O grupo resolveu leva-la junto, pois para descer do morro daria muito trabalho. O fato é que a cadela estava prenha, a ao chegarem no cume do morro ela entra em parto e faz nascer quatro lindos cachorrinhos. O grupo decidiu matar os filhotes pois não haveria como desce-los e a cachorrinha foi levada no colo por um dos colonos participantes. A história ganhou bocas e o morro da Dna Carolina Jensen foi sendo chamado de Morro dos Cachorros, e hoje apenas de Morro do Cachorro.
Fonte: A HISTÓRIA DO MORRO do cachorro. Revista Blumenau em Cadernos, n.10, Tomo XIV, p.193-194, 1973.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Animação: Homem
Animação de Steve Cutt demonstra uma sátira sobre a relação do homem com o ambiente. O personagem, o HOMEM, age como um maestro/mágico constituindo com sua criatividade, habilidade e noção de desenvolvimento um ambiente caótico, e no qual ele torna-se o Rei.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Chamada para entrevistas de Iniciação Científica PIPe 2013 GPHAVI
Os interessados em desenvolver uma pesquisa de Iniciação Científica PIPe divulgados na postagem
Aprovadas duas pesquisas pelo PIPE para investigar a História das Serrarias do Parque Nacional Serra do Itajaí com parceria com o IPAN e ICMBio deverão comparecer para entrevista na sala R-109 no dia 26 de fevereiro as 14:30 as 15:30.
As pesquisas a serem realizadas são:
HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DA SERRARIA SÃO FRANCISCO (PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ, BLUMENAU, SC)
HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DAS ANTIGAS SERRARIAS DO TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ (SANTA CATARINA, VALE DO ITAJAÍ)
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Simpósio Brasil/Estados Unidos em História Ambiental: definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum
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Caçada de um Cougar ou Suçuarana nos EUA Fonte:Blog Páginas Ambientais |
Ocorre entre os dias 12 e 15 de março de 2013 o Simpósio Brasil/Estados Unidos em História Ambiental: definindo Agendas e Estratégias de Pesquisa em Comum. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História Social do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e conta com a parceria do com o Programa de Pós-graduação em história das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz / FIOCRUZ, e do Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O evento vem sendo organizado desde 2010 e buscou reunir os melhores pesquisadores da área de História Ambiental dos Estados Unidos e do Brasil. O objetivo é fomentar um diálogo comparativo entre os pesquisadores dos países. Conforme o professores José Augusto Padua e Lise Sedrez, já estão confirmadas a presença dos historiadores: Donald Worster, John McNeill, Martin Melosi, Linda Nash, Louis Warren, Nancy Langston, Thomas Dunlap, e outros 15 pesquisadores brasileiros.
As inscrições são limitadas e devem ser feitas através do e-mail tayla.ga@gmail.com (Tayla Antunes), com cópia para jpadua@terra.com.br e lise@sedrez.com
Maiores informações ver na Rede Brasileira de História Ambiental
Confira a programação:
12 de Março
19:00 – Palestra de aberturaDonald Worster – “Facing Limits: From an Age of Abundance to an Age of Vulnerability.”
Debatedor: José Augusto Drummond (Universidade de Brasília)
13 de março
8:30 – 10:30 – Painel sobre Ambientes Urbanos
Martin Melosi (Universidade de Houston)
Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Regina Duarte (Universidade Federal de Minas Gerais)
11:00 – 13:00 – Painel sobre Florestas, Biodiversidade e Unidades de Conservação
Nancy Langston (Universidade de Wisconsin)
José Luiz Franco (Universidade de Brasília)
Rogério Oliveira (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
15:00 – 17:00 –Painel sobre Fronteiras e Padrões de Ocupação Regional
Donald Worster (Universidade do Kansas)
José Augusto Drummond (Universidade de Brasília)
Susana Cesco (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
18:00 – Mesa redonda para o grande público: Ecologias, Populações e Saberes Científicos: Perspectivas da História Ambiental
John McNeill (Universidade de Georgetown)
Louis Warren (Universidade da Califórnia, Davis)
Linda Nash (Universidade de Washington)
Debatedor: José Augusto Pádua (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
14 de Março
8:30-10:30 – Painel sobre Políticas Públicas e Construção Territorial
John McNeill (Universidade de Georgetown)
José Augusto Pádua (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Haruf Spindola (Universidade Vale do Rio Doce)
11:00 – 13:00 – Painel sobre Populações Tradicionais, Migrações e Sociedades Multiculturais
Louis Warren (Universidade da Califórnia, Davis)
Eunice Nodari (Universidade Federal de Santa Catarina)
Leila Mourão (Universidade Federal do Pará)
15:00-17:00 – Painel sobre Doenças, Saberes Científicos e Representações da Natureza
Linda Nash (Universidade de Washington)
Lorelai Kury (Casa de Oswaldo Cruz)
Dora Shellard Corrêa (Centro Universitário FIEO)
18:00 – Mesa redonda para o grande público: Cidades, Corpos e Culturas: Perspectivas da História Ambiental
Martin Melosi (Universidade de Houston)
Nancy Langston (Universidade de Wisconsin)
Thomas Dunlap (Univeridade de Texas A&M)
Debatedora: Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
15 de Março
8:30-10:30 – Painel sobre Movimentos, Idéias e Legislações Ambientais
Thomas Dunlap (Univeridade de Texas A&M)
Paulo Martinez (Universidade Estadual Paulista – Assis)
Ely Bergo de Carvalho (Universidade Federal de Minas Gerais)
11:00 – 13:00 – Discussão sobre uma agenda de pesquisas comparadas Brasil-EUA
Mediadora: Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Fonte: Rede Brasileira de História Ambiental
Maiores informações (pós evento: http://labhe.historia.ufrj.br/index.php)
Maiores informações (pós evento: http://labhe.historia.ufrj.br/index.php)
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Aprovadas duas pesquisas pelo PIPE para investigar a História das Serrarias do Parque Nacional Serra do Itajaí com parceria com o IPAN e ICMBio
Saiu o resultado do edital PIPe 2013 (ver), e o GPHAVI aprovou dois projetos:
HISTÓRIA E MEMÓRIA AMBIENTAL DAS ANTIGAS SERRARIAS DO TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ (SANTA CATARINA, VALE DO ITAJAÍ)
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Serraria São Francisco - 1970 Fonte: Acervo GPHAVI |
Inicialmente estão abertas as inscrições para candidatos para as bolsas. Será veiculado no blog, horário e data para as entrevistas (interessados enviar e-mail). Acadêmicos das áreas de História, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Engenharia Florestal, e áreas afins poderão participar, mas vale lembrar que todos devem se inscrever no Cadastro Sócio Econômico de 2013, que tem como prazo de suas inscrições até 20 de março, 20:00 horas.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
PIBIC Ensino Médio investigará a História Ambiental da Rizicultura em Doutor Pedrinho (Alto Vale do Itajaí - SC)
No dia 15 de dezembro do ano de 2012 foi divulgado pelo CNPq os resultados da Chamada Bolsa de Iniciação Científica Júnior PIBIC-EM 2013/2014, que contempla bolsas para estudantes de Ensino Médio da rede pública. Na ocasião, a Universidade Regional de Blumenau, através da Divisão de Apoio a Pesquisa, e parceria com o GPHAVI aprovaram a pesquisa História Ambiental da Rizicultura em Doutor Pedrinho - SC.
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Preparo da terra para Rizicultura em Doutor Pedrinho 1930. Fonte: Acervo Ana Cláudia Moser |
Quando lançado o edital, a pesquisadora do GPHAVI, e Mestre em Desenvolvimento Regional, Ana Claudia Moser procurou o professor Gilberto com o edital do CNPq e com interesse em participar para ampliar seus estudos sobre o uso da tecnologia na rizicultura e os impactos na relação homem natureza, assim como propiciar a jovens do ensino médio de Doutor Pedrinho, atitudes e habilidades voltados à educação científica e tecnológica, fortalecendo a disseminação dos conhecimentos científicos e tecnológicos básicos a estudantes da região, e que de certa forma estão envolvidos com o principal ramo econômico do município. Desta maneira, serão preparados jovens para o Ensino Superior, formando agentes que possibilitem contribuições científicas e tecnológicas para o desenvolvimento da sociedade.
Segundo o professor Gilberto, coordenador do GPHAVI (Departamento de História e Geografia), o objetivo geral da pesquisa é analisar a história ambiental da rizicultura no município de Doutor Pedrinho-SC, com o propósito de explicar o papel que a tecnologia desempenha no agravamento dos problemas ambientais da região.
No momento estão sendo selecionados os jovens estudantes e logo iniciarão as atividades da pesquisa. A pesquisa será realizada no território de Doutor Pedrinho, com 4 (quatro) jovens da comunidade local, que receberão em conta bancária a bolsa do CNPq (R$100 cada bolsa), e terão acesso a observar e participar com mestres, doutores pesquisadores da ciência em ação.
Acompanhe o blog e em breve serão disponibilizadas imagens e mais informações sobre esta pesquisa do GPHAVI.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Eventos de História Ambiental e com o tema ambiental em 2013 ...
Já estão sendo divulgados alguns eventos que ocorrerão em 2013. Em História Ambiental, promovido pelo Laboratório de História Ambiental e Gênero da UNICENTRO (Guarapuava), o 2º Simpósio Internacional de História Ambiental e Desastres, entre 28 e 30 de outubro, e II Workshop História Ambiental: temas, perspectivas, problemas (acesso ao site do evento).
Veja a relação de eventos:
Específicos de História Ambiental
2º SIMPÓSIO INTERNACIONAL HISTÓRIA AMBIENTAL E DESASTRES
28 a 30 de outubro de 2013
Campus Santa Cruz – UNICENTRO – Guarapuava/PR
II WORKSHOP HISTÓRIA AMBIENTAL: TEMAS, PERSPECTIVAS, PROBLEMAS
28 a 30 de outubro de 2013
Campus Santa Cruz – UNICENTRO – Guarapuava/PR
site: no ar em breve
Outros eventos....
XX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos: Água, desenvolvimento econômico e socioambiental - 17 a 22 de novembro de 2013 - Bento Gonçalves - RS.
I Ambientur - I Simpósio Nacional sobre Gestão Ambiental de Empreendimentos Turísticos
Fundação Casa das Artes, Bento Gonçalves - RS
Tema: Práticas ambientais na busca da sustentabilidade.
Abril de 2013. Data ainda não confirmada no site do evento. | Site:http://ambientursimposio.wordpress.com/
Ecofeira 2013 - Ideias e práticas sustentáveis
Centro de Eventos de Cascavel, Cascavel-PR.
05 a 07 de Junho de 2013 | Site: http://www.portalarbore.com.br/.
X Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas
Espaço Cultural da URCA, Poços de Caldas-MG.
22 a 24 de Maio de 2013. | Site: http://www.meioambientepocos.com.br/portal/
Fitabes - Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental
Centro de Convenções de Goiania, Goiânia-GO.
15 a 18 de Setembro de 2013.| Site: http://www.fitabes.com.br/
Fora do Brasil
III Congresso Energias Renováveis, Ambiente e Eficiência Energética 2013
Centro de Convenções de Aveiro, Aveiro-Portugal.
22 de Fevereiro de 2013. | Site:http://www.congressoenergias.comunidades.net/index.php.
Veja também.....
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Pesquisas GPHAVI 2012 e 2013 - Balanço Demonstrativo
Atualmente o GPHAVI vem desenvolvendo 01 Pesquisa Científica e 04 Iniciações Científicas, que foram iniciadas em 2011/2012 e encerram em 2013:
PESQUISA CIENTÍFICA
- A história das interações humanas com o ambiente no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí: o caso das comunidades de Gravatá, Ribeirão Jundiá, Ribeirão Neisse, Barra de Águas Frias e Braço Salão do município de Apiúna-SC.
- A interação sociedade e natureza das comunidades situadas no extremo sul da zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Itajaí (Santa Catarina, Vale do Itajaí).
PESQUISA CIENTÍFICA
- Projeto Universal FAPESC (financiamento do orçamento e equipe técnica do projeto)
- História Ambiental do Parque Nacional da Serra do Itajaí: estudo da relação sociedade natureza das comunidades no entorno do parque nos municípios de Apiuna, Presidente Nereu, Vidal Ramos e Botuverá"
Coordenação: Gilberto Friedenreich dos Santos
Equipe Técnica: Martin Stabel Garrote
Vanessa Dambrowski
PESQUISAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
- Com recursos de 02 bolsas, 02 projetos, para estudantes da graduação pelo FUNDES
- A história das interações humanas com o ambiente no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí: o caso das comunidades de Gravatá, Ribeirão Jundiá, Ribeirão Neisse, Barra de Águas Frias e Braço Salão do município de Apiúna-SC.
- A interação sociedade e natureza das comunidades situadas no extremo sul da zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Itajaí (Santa Catarina, Vale do Itajaí).
- Com recursos de 02 bolsas e 01 projeto para estudantes de graduação pelo PIPe
- Viajantes e Imigrantes no Vale do Itajaí (Santa Catarina)
- Com recursos de 01 bolsa para 01 projeto para estudantes de graduação pelo PIBIC - CNPq
- História e Memória Ambiental da Exploração e Produção do Óleo da Canela Sassafrás (Safrol) no Vale do Itajaí (Santa Catarina).
Em 2013 novas pesquisas de Iniciação Científica serão projetadas, aguardem notícias.....
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