"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia 24 é comemorado o dia nacional do café

Dia 24 de maio é o dia Nacional do Café. A data foi pensada a partir da importância que o grão representou em nossa história. O Brasil teve em sua história diversos ciclos econômicos, o café representou um dos mais importantes ciclos e foi carro no processo de industrialização e da república no país. O café já foi considerado o ouro preto do Brasil, mas não podemos esquecer que seu processo de produção também provocou enorme impacto ambiental e redução da cobertura florestal.
Sua presença no Brasil é registrada desde o século XVII, e foi na região central do país para o sul que a planta se adaptou. O café foi um dos produtos da cultura humana que mais afetaram a floresta Atlântica. Sua presença deixou um legado de inúmeras cicatrizes e forte influência na caracterização da paisagem atual.

Debret destacando o café
A história do café é tratada por diversos autores nacionais e extrangeiros. Passou a ser foco nas produções de Debret, Saint-Hilaire, Rugendas, Davatz, Tschudi, Ribeyrolles, Victor Frond,  Zaluar e Smith, viajantes e escritores que registraram fatos sobre a cultura do café no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Na literatura algumas obras possuem como cenário fazendas de café, demonstrando algumas particularidades, mesmo sendo ficções, como nas diversas histórias contadas por José de Alencar.

Na literatura sobre o café  uma boa história é o romance de Luiz da Silva Alves D’ Azambuja "O capitão Silvestre e Frei Veloso", uma história que demonstra a transição da produção de cana-de-açucar pelo café em 1774. Também não podemos deixar de destacar o que Monteiro Lobato nos deixou em "A Onda Verde", em 1921, história que conta sobre o avanço das lavouras do café sobre as matas até então intactas, e os problemas sociais de ocupação do solo e da epopeia do café.

Selo comemorativo da cidade de Jahú-SP
Saindo da literatura e indo a fontes oficiais, Affonso E. Taunay nos deixou a obra História do Café no Brasil, escrita em volumes, apresenta a história do café desde sua origem, chegada no Brasil, processo de adaptação, formação das lavouras e desenvolvimento. Um livro que não pode faltar em uma pesquisa sobre o café é o de Ana Luiza Martins "História do Café". Nele a autora traça um histórico completo sobre o produto, sua biologia, aculturação pelo homem até adentrar em nossa história, enfatizando o seu período de auge na influência do desenvolvimento do país.

Dentro do espectro da historia ambiental, na escola estadunidense, uma das principais obras que contribui sobre sua história processo de produção no Brasil é o estudo do historiador norte americano Julian Stanley Stein, denominado Vassouras: a plantation society, 1850-1900: a study of change in XIXth century Brasil tese de seu doutorado nos anos 50 em Harvard. No estudo de Stein além de tratar sobre a história do café e sua relação com o Brasil, descreve como a cultura do café alterou a vida das pessoas e estas passaram a depender dessa cultura em Vassouras.  Outro estudo que merece destaque e bem mais recente é a obra de Clarence e Topik denominada The global coffee economy in Africa, Ásia and Latin American, publicado pela Cambridge University em 2005. O café também é retratado pelo historiador Waren Dean, em sua obra A ferro e fogo: história e a devastação da floresta atlântica brasileira, esfatizando o quanto seu processo de exploração beneficiou a economia, mas prejudicou o desenvolvimento e ecologia de umas das principais florestas do mundo.

Mapa da cultura do café
Sobre a história do café no Brasil, o Ministério da Educação e Cultura em 1958 lançou o documentário: O Café: história e penetração no Brasil. O documentário apresenta informações sobre trajetória do café no Brasil, o plantio, a colheita, o beneficiamento, o transporte, a distribuição e o consumo. Aspectos da cidade de Ribeirão Preto, pioneira no cultivo da planta, e o Museu do Café Francisco Schmidt com relíquias, miniaturas de veículos de tração animal, bustos e esculturas de personagens ligadas ao universo cafeeiro: negros escravos, imigrantes italianos e alemães, e fazendeiros históricos. Mapas animados demonstram o percurso do café, da origem africana passando pela Ásia, Europa, América Central e chegando ao Brasil. Queimadas e plantações de café. Na cidade de Resende, herma em homenagem a Luiz Pereira Barreto, introdutor do café bourbon no país. Casarões, fazendas e plantações do Vale do Paraíba. As formas primitivas do beneficiamento do café: pisoteamento de grãos, monjolos hidráulicos e de tração animal, e pilagem manual. O transporte por muares em percursos longos e acidentados. A locomotiva "Baroneza", pelo Barão de Mauá, a primeira utilizada para o escoamento do café. A cidade de Campinas e as rodovias para o litoral. O porto de Santos e os navios carregados com sacas de café por guindastes e pelo trabalho dos estivadores. Animação demonstra a penetração do café no estado de São Paulo e sua posterior expansão para o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná. Etapas do cultivo do café: o preparo das mudas; os cuidados no plantio e na disposição dos cafezais; o combate às pragas com a pulverização aérea; os eventuais estragos da erosão e da geada; irrigação por aspersão; e a floração dos cafezais. Homens, mulheres e crianças trabalham na colheita. O transporte dos grãos por canaletas até os terreiros onde trabalhadores, com o uso de rodo ou de animais, espalham o produto para uma secagem uniforme. A colheita do café extrafino: o especial cuidado na escolha do fruto; o maquinário que retira a poupa e peneira o café; a lavagem do produto em tanques; o transporte e o processo de secagem. As máquinas brasileiras de beneficiamento e o trabalhado feminino na escolha do café. A classificação de grãos, espécies e tipos como o moca, moquinha, bourbon, despolpado e o maragogipe. As estações de rebeneficiamento e o ensacamento mecanizado. A fiscalização do Instituto Brasileiro do Café na coleta de amostras e em testes de aroma e degustação. Mapa demonstra a exportação do café brasileiro para os mercados do mundo inteiro. O trabalho no embarque das sacas nos portos. A torrefação doméstica e industrial e o empacotamento do Café Palheta em pó. Instruções domésticas para a conservação e a receita de preparo do café O movimento de consumo da bebida em balcão de bares. O centro desenvolvido da cidade de São Paulo, reflexo do poder econômico do café.



Na história ambiental brasileira, o Rio de Janeiro é um dos palcos de importantes estudos sobre a história da floresta, assim como também foi influenciada a história da cidade pelo ouro preto. No Rio de Janeiro o café deixou muitas marcas na paisagem, é o que afirma os estudos de José Augusto Drummond "O jardim dentro da maquina: breve história ambiental da floreta da Tijuca", que realiza um histórico da floresta e aponta que no século XIX a cobertura florestal da floresta da Tijuca havia sido substituída pelo café. Sobre o tema das florestas José Augusto Pádua, Rogério de Oliveira e muitos outros vem produzindo estudos que possibilitam o panorama da história ambiental do Rio de Janeiro, e o café apresenta-se como um ator nas conexões da história.


Segue documentário do Programa Expedições tratando sobre os 50 anos do Parque Nacional da Floresta da Tijuca do RJ, região que teve a floresta atlântica explorada com a finalidade do plantio do café:


Outro programa De lá pra cá da TV Brasil, a floresta da Tijuca é enfatizada, assim como sua história ambiental. O documentário é dividido em duas partes:




Para saber mais sobre os assuntos Café, História Ambiental, consultar:

Historiografia do café: sugestão de percurso, de Ana Luiza Martins

A cultura do café e a degradação ambiental na Serra Fluminense oitocentista, de Mauro Leão Gomes

Assim como as obras e fontes citadas na reportagem.
(MSG)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Produção acadêmica de ex-bolsistas e bolsistas do GPHAVI serão divulgados/publicados no blog

CONSTRUÇÃO CULTURAL NA FLORESTA NO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO E FORMAÇÃO DA COMUNIDADE DA NOVA RÚSSIA NO SUL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU –SC

Por Marcela Adriana Grandi e Alessandra Roberta da Silva
Colaboradores:  Martin Stabel Garrote e Gilberto Friedenreich dos Santos 

O estudo trata do processo da colonização e formação da comunidade da Nova Rússia no sul de Blumenau–SC. A comunidade da Nova Rússia está localizada na região sul do município de Blumenau, Vale do Itajaí, Santa Catarina. Antes da região transformada em unidade de conservação, haviam pequenos aglomerados de colonos nas áreas mais planas. Essa comunidade viveu interagindo com a floresta produzindo um acervo de fontes sobre as relações entre homem e natureza que deve ser desvendada pela história ambiental. Toda essa relação de interação homem natureza ocasionou mudanças drásticas em diversos fatores ecológicos da Mata Atlântica da região da Nova Rússia, hoje Parque Nacional da Serra do Itajaí.

Figura  1: Parque Nacional, em destaque azum o PNMNG onde está a Nova Rússia
(Acervo do GPHAVI)

A pesquisa desenvolveu-se com o objetivo central de compreender o processo da colonização e formação da comunidade da Nova Rússia no sul de Blumenau–SC. O estudo segue a abordagem da História Ambiental, principalmente a praticada por historiadores como Waren Dean . A historiografia ambiental possibilita conhecer as relações entre a sociedade e a natureza, observando nessas relações as conseqüências positivas e negativas para ambas as partes. A história resgata os acontecimentos da vida humana, suas tramas, e com o levante das relações antrópicas com o natural, possibilita a sociedade avaliar seus atos em relação ao natural.  (DRUMMOND, 1991; WORSTER, 1991; LEFF, 2005). Inicialmente realizou-se o levantamento de dados de fonte primária através do uso da história oral, realizando cerca de 20 entrevistas com os moradores da comunidade da Nova Rússia, com faixa etária em torno de 70 anos. A partir de então elaborou-se o levantamento de fonte secundária que consistia em leituras de cunho teórico, além de bibliografias e artigos acadêmicos a respeito do objeto de estudo. 

A Nova Rússia recebe entre 1890-1920 imigrantes prussianos com interesse na mineração. Aliada a esta atividade, a exploração madeireira é introduzida modificando aos poucos a paisagem.

Vale do Rio da Prata, Nova Rússia, 1920(Acervo do GPHAVI)

Atividade de caça proximidades da Nova Rússia, 1920.
(Acervo do GPHAVI)
Inicialmente a exploração configurava-se de subsistência e com o fim da mineração na década de 1940, tem finalidade comercial. Explorou-se as árvores de maior valor de mercado como as Canelas, Cedros, Perobas, Imbuias, Sassafrás e outras. O espaço desflorestado foi substituído por pastagens e agricultura. O extrativismo do palmito e a caça complementavam as atividades cotidianas dos colonizadores da floresta, realizando trocas com os demais colonos e comercializando seus excedentes

Primeira moradia da Nova Rússia, 1920.(Acervo do GPHAVI)
A bagagem cultural trazida pelos colonizadores desta região foi domesticando o natural, e através dessa experiência construindo novas práticas culturais adaptadas a nova realidade territorial. 
Com a pesquisa foi possível constatar as relações que ocorreram entre a sociedade e a natureza no processo histórico ambiental de colonização e formação da Nova Rússia, que inicia com a exploração mineral, parte para exploração madeireira, e caça. Desta forma criou-se uma cultura de exploração da floresta o que possibilitou o desenvolvimento e o progresso da comunidade da Nova Rússia.

Para citar este resumo:

GRANDI, M. A. ; SILVA, A. R. ; GARROTE, M. S. ; SANTOS, G. F. . Construção cultural na floresta no processo de colonização e formação da comunidade da Nova Rússia no Sul do município de Blumenau - SC. In: VII Congresso Internacional de Estudos Ibero-Americanos - CIEIA, 2008, Porto Alegre-RS. Livro de resumos. Porto Alegre-RS : EdiPUCRS, 2008. p. 106-106.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pesquisador apresentará estudo sobre a memória do contato entre índios e colonos no Sul de Blumenau


Participando do Grupo de Pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Educação EDUCOGITANS, e do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí - GPHAVI, o historiador e pesquisador Martin Stabel Garrote apresentará estudo: Os conflitos étnicos entre colonos e índios no Sul de Blumenau/SC: Memórias que conta as memórias referentes aos contatos dos colonizadores/colonos com o povo Laklãnõ/Xokleng que ocorreu durante a formação e desenvolvimento da comunidade da Nova Rússia, no sul de Blumenau. O estudo será apresentado oralmente no IX Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - ANPED SUL.

Maiores informações acessar o síte do evento:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bolsistas e pesquisador do GPHAVI aprovam trabalhos no XIV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-SC

Após a realização de iniciações científicas, com a finalidade da divulgação científica e para sua análise pela comunidade de historiadores, os acadêmicos de História Vitoria Abreu e Nicolas Voss Reis submeteram propostas de artigos científicos para o simpósio de História e Memória Ambiental do  XIV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-SC, e tiveram suas intenções aprovadas. 

Vitoria Abreu está no GPHAVI desde 2009 e está em sua 3º Iniciação Científica. No evento vai apresentar os resultados obtidos na pesquisa PIPe (Art. 170 - Governo de Santa Catarina) realizada em 2011 que trata da exploração mineral em Botuverá-SC.

Memórias sobre a exploração mineral nas comunidades de Lageado Central e Ribeirão do Ouro em Botuverá-SC.

O município de Botuverá apresenta crescimento significativo na indústria da mineração, representando em torno de 65% da sua economia. Atualmente ocorre a exploração industrial e comercialização do calcário para corretivo de solo, brita e cimento. O município historicamente também se caracterizou pelo garimpo de ouro, e produção artesanal da cal, e ambas as atividades tiveram no século XX seu auge. Estas explorações concentram-se desde o século passado nas comunidades de Ribeirão do Ouro e Lageado Central, que estão no entorno da zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Itajaí. O artigo aborda o tema das relações entre a sociedade e natureza. O objetivo foi compreender a História Ambiental das comunidades de Ribeirão do Ouro e de Lageado Central que se destacam histórica e economicamente desde o século XX na mineração de calcário e garimpo de ouro. Foi realizada coleta de dados em fontes primárias com observações “in locu”, e através de entrevistas usando o método da História Oral. Também foram analisadas fontes secundárias, com uma revisão de bibliografia. Os dados foram confrontados e organizados cronologicamente. A exploração da cal representou uma mudança socioeconômica. Com as entrevistas foi possível constatar que a exploração da natureza era feita de forma desenfreada e sem preocupação alguma. Neste sentido foi realizada a mineração do ouro, que era feita no rio, e não existia a preocupação com a água ou no seu curso natural. Com o calcário o mesmo ocorre, e a exploração modificou consideravelmente a paisagem.

Já Nicolas Voss Reis, integrante desde ano passado, entrou na Iniciação Científica no meio de um projeto e com exito o desenvolveu. Nicolas foi bolsista pelo PIPe (Art. 170 - Governo de Santa Catarina) de 2011, e vai apresentar o seguinte estudo:

Memórias sobre o uso dos recursos naturais na bacia hidrográfica do rio Sagrado – Morretes – PR.

Foram realizadas entre 2010 e 2012 pesquisas com a temática da História Ambiental nas comunidades de Rio Sagrado de Cima, Canhembora, Brejumirim e Candonga, microbacia hidrográfica do Rio Sagrado, município de Morretes - Paraná. A área da bacia pertence à Área de Preservação Ambiental de Guaratuba, que é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável Estadual. O objetivo do presente artigo é apresentar os resultados das pesquisas descrevendo o processo histórico de ocupação humana e uso dos recursos naturais na região das comunidades através da abordagem da história ambiental. Com fonte de pesquisa foi feito levantamento e análise de referencial teórico da História Ambiental, assim como documentos bibliográficos sobre a área de estudo. Também foram coletadas as memórias ambientais dos moradores antigos dessas comunidades através do método da história oral. Os dados coletados foram confrontados, analisados, organizados temporalmente. Os primeiros habitantes da região das comunidades foram os índios tupis-guaranis e os carijós, que tiveram os contatos com os colonizadores, sendo esses, primeiro os portugueses e depois os espanhóis, os quais determinaram o modelo de desenvolvimento econômico explorando recursos naturais. A ocupação efetiva da microbacia começa no século XIX, com levas de imigrantes alemães e italianos que se inserem na região em função e em sincronia dos ciclos econômicos regionais. O resultado desse processo foi a devastação da floresta e alteração da paisagem.  Hoje na região existem 520 famílias, destas 270 são residentes, predominando pequenos proprietários rurais.

Na ocasião, os pesquisadores Martin Stabel Garrote, Vanessa Dambrowski e Gilberto Friedenreich dos Santos vão apresentar artigo que conta a história do Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí, e das experiências em pesquisas de campo, no qual com o uso da História Oral coletou-se Histórias de Vida e Memória Ambiental no entorno do Parque Nacional de Serra do Itajaí-SC

A memória ambiental em pesquisas de história: experiências no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí – SC.

O Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAVI) iniciou em 2004, na Universidade Regional de Blumenau – SC, pesquisas com o viés da História Ambiental sobre o Parque Nacional da Serra do Itajaí. Em treze pesquisas realizadas entre 2004 e 2012, utilizou-se o método de História Oral com o objetivo de estudar a Memória Ambiental sobre os modos de vida e suas interações com o ambiente na história das comunidades localizadas no entorno do Parque. Neste trabalho serão comentadas experiências realizadas nas pesquisas efetuadas na área do Parque, avaliando o papel da memória ambiental na compreensão da história das comunidades e nas transformações do ambiente da região do Parque Nacional. Utilizou-se como fonte os relatórios de pesquisas e produção científica publicados pelo grupo, assim como o acervo de transcrições de entrevistas. Os dados foram selecionados e compilados a fim de identificar narrativas / informações que contribuem para a descrição histórica do ambiente onde se inserem as comunidades, apontando algumas contribuições da memória ambiental como fonte para a História Ambiental. Construir a História Ambiental é um projeto que requer do pesquisador a união de diferentes metodologias, porém sem dúvida, a Memória Ambiental, captada via História Oral, contribui de maneira significativa para que possamos ter representações e percepções sobre as transformações do ambiente. Os moradores antigos das comunidades relatam suas memórias, que informam sobre o uso dos recursos naturais, configurações e transformações do ambiente no processo de interações antrópicas com a floresta da região. 


O evento ocorrerá na Universidade do Estado de santo Catarina - UDESC, em Florianópolis entre 29 e 22 de agosto. Para saber mais sobre o evento acesse:
http://www.anpuh-sc.org.br/encontro_estadual_2012.htm



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dia Internacional de Histórias de Vida

Dia 16 de maio é o dia internacional das histórias de vida. A iniciativa da campanha Dia Internacional de Histórias de Vida da Rede Internacional de Museus da Pessoa (Brasil, Portugal, EUA e Canada), que acontece pela primeira vez,  tem como objetivo mobilizar pessoas e organizações para apoiarem a idéia fazendo que seja um marco da valorização, do compartilhamento, de ouvir e coletar histórias de vida de pessoas.


No Brasil a entidade representante é o Museu da Pessoa e estes lançam a seguinte projeto onde todos podem ter a participação:



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mesa redonda e lançamento do livro discutem desenvolvimento regional.

Comunidade acadêmica, segue convite para:


MESA REDONDA com o tema;

PARTICIPAÇÃO POPULAR NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Na oportunidade, professores de Direito Constitucional e do PPGDR da FURB estarão debatendo o tema.
  
Dia 17/05/2012 

Horário: 19 horas

Local: Auditório do Bloco T

Após o evento, será lançado o livro de Ivan Naatz sob título “Instrumentos Constitucionais e Infraconstitucionais do controle do Desenvolvimento Regional e sua importância nas ações de Governo local: o caso do esgotamento sanitário de Blumenau - SC.”

Apoio: PPGDR da FURB  


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eventos de História em Santa Catarina

Olá....

Segue relação de alguns eventos que ocorrerão este ano em Santa Catarina (relação enviada pela ANPUH-SC)

As fronteiras da escravidão moderna e contemporânea 
sob a ótica da História do Direito e da História do Trabalho
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
- 10 e 11 de maio de 2012

Suscitado pela presença da professora visitante Rebecca J. Scott, da Universidade de Michigan, o seminário reunirá pesquisadores e profissionais de História e de Direito em torno do tema da escravidão moderna e contemporânea. A proposta é discutir a complexidade dos conceitos de escravidão e liberdade, entre os séculos XVIII e XXI, no Brasil e no Atlântico. O seminário é aberto ao público e gratuito. Tem o apoio do CNPq, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, do Programa de Pós-Graduação em História e da Universidade Federal do Amazonas.As inscrições para aqueles que quiserem certificados (10h), podem ser feitas online (vagas limitadas). 

Faça sua inscrição aqui.
Consulte a programação completa nesse link:  http://labhstc.ufsc.br/archives/444


XIV Encontro Estadual de História - Tempo, memórias e expectativas
Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC
- 19 a 22 de agosto de 2012

Foi encerrada a avaliação de propostas de trabalho, sendo enviadas as respectivas cartas de aceite e divulgados os trabalhos que integrarão a programação dos 18 simpósios temáticos do Encontro: conheça os 299 trabalhos aqui.



O evento é uma promoção da ANPUH-Seção SC em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina: 

Participe!



Inscrições de ouvintes e inscrições nas oficinas serão feitas apenas a partir de 20 de junho.
15 de maio a 15 de junho: 

Período de pagamento das inscrições dos apresentadores de trabalhos e de envio dos trabalhos completos
Como pagar a inscrição: 
15 de maio a 15 de junho: 

Período de inscrição de trabalhos na mostra de vídeos.
Como fazer a inscrição: 
Os vídeos devem estar referidos ao tema geral do evento – “Tempo, memórias e expectativas”, sendo produzidos em mídia digital, com duração máxima de 10 (dez) minutos.Para estimular a apresentação de trabalhos, os autores de vídeos estarão isentos de pagamento de inscrição no evento (desde que não estejam participando do evento também como apresentadores de trabalho em simpósio temático).

Para realizar a inscrição na mostra, devem ser realizados os seguintes procedimentos:
1- Preenchimento da ficha de inscrição: para preenchê-la, clique aqui.
2 - Envio da produção audiovisual (vídeo) e documentos relacionados à ANPUH-Seção SC (Sede: ANPUH-Seção SC: UFSC, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de História, Sala 12 - Campus Universitário Trindade, Florianópolis, SC - CEP 88040-900).
Materiais a serem enviados:
a - Cópia do arquivo em DVD, formato Vídeo e sistema NTSC;
b - Material para divulgação, gravado em CD ou DVD, contendo entre 2 a 5 fotografias digitalizadas de cenas da produção audiovisual (vídeo), previamente selecionadas pelos autores;
c - Termo de Autorização de uso e exibição da produção audiovisual (impresso, datado e assinado). Para obter o modelo:                                                                                                                  
Mais informações sobre o evento:                                                                                               

2o. Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
- 17 a 19 de setembro de 2012

O Programa de Pós-Graduação em História e o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, por meio do Grupo de Pesquisa: Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA), têm a satisfação de convidar os colegas pesquisadores para submeterem suas propostas de trabalho para o 2° SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA AMBIENTAL E MIGRAÇÕES.
O evento acontecerá de 17 a 19 de setembro de 2012, na cidade de Florianópolis,Santa Catarina, no campus da na Universidade Federal de Santa Catarina.
submissão/inscrição de trabalhos está aberta até o dia 31 de maio e poderá ser feita na página indicada a seguir, onde outras informações estão disponíveis: http://www.labimha.ufsc.br/2simposio

Até.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Recebemos como presente o livro: Rio do Sul em imagens: da colonização à emancipação político-administrativa (1892-1931)

Imagem da capa do livro
Recebemos esta semana um gratificante presente de nosso grande amigo, historiador e pesquisador Rodrigo Wartha. Trata-se da obra "Rio do Sul em imagens: da colonização à emancipação político-administrativa (1892-1931)", lançado junto com a comemoração do aniversário de Rio do Sul. 

A obra descreve de forma clara e objetiva o processo histórico de colonização até a emancipação em 1931 do município. 

Rio do Sul no início do sec XX

Usando imagens antigas da cidade presentes no Arquivo Histórico, e com a descrição da pesqusia histórica realizada pelos autores Cátia Dagnoni e Rodrigo Wartha, o leitor consegue viajar no tempo e verificar a epopeia do processo colonizador do Alto Vale, assim como da formação e desenvolvimento do município de Rio do Sul.

A obra será pelos pesquisadores e estudantes de história e áreas afins mastigada e usada nas pesquisas que são realizadas no GPHAVI. Agradecemos e nos sentimos lisonjeados em poder receber este presente dos autores e Fundação Cultural de Rio do Sul.

O livro é de distribuição gratuita e pode ser adquirido na Fundação Cultural de Rio do Sul. Maiores informações entrar em contato: http://www.fundacaocultural.art.br/