"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Pesquisa de Iniciação Cientifica analisou a História do Desenvolvimento Regional do entorno do parque Malwee em Jaraguá do Sul

Por Kayuã Girardi
(estudante de CSO e bolsista FUMDES do GPHAVI - FURB)
Fonte: Rafaella Schalinski, Letícia Werner e Julia Weiers.
Os estudantes pesquisadores Juliano Nazário (História) e Kayuã Girardi (Ciências Sociais) desenvolveram uma pesquisa de Iniciação Científica sobre o Parque da Malwee através do Programa de Bolsas Universitárias (UNIEDU) e Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (FUMDES) da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina. A execução do projeto durou um ano e foi uma pesquisa de base, se concentrando nas ciências sociais aplicadas tendo como disciplina o Desenvolvimento Regional ou ciência regional, com uma abordagem teórica e metodológica da História Ambiental. O objetivo era investigar o desenvolvimento do parque e o seu entorno. Os objetivos específicos foram: (a)compreender o processo histórico de ocupação e colonização do município de Jaragua do Sul e da região do Parque Malwee; (b)identificar na história do entorno do Parque Malwee os processos de desenvolvimento local; (c)analisar as transformações socioambientais proporcionadas pela existência e funcionamento do parque. Os procedimentos de coleta de dados consistiu no levantamento de dados secundários utilizando fontes bibliografias, especialmente regionais, documentos oficiais, artigos técnico-científicos, jornais, censos econômicos, atlas e mapas.

No decorrer da pesquisa os estudantes chegaram aos seguintes resultados: o aprofundamento do desenvolvimento industrial no decorrer dos anos fez com que a pauta ecológica ganhasse força, devido a degradação ambiental e as consequências ao meio ambiente fez com que a a sociedade passasse a cobrar medidas mais sustentáveis da indústria em sua cadeia produtiva. A Família Weege, de certa maneira, foi influenciada com a revolução ambientalista, que estava se iniciando na década de 1970 quando tiveram a oportunidade de conhecer diversos áreas de preservação na Europa. Nesse período também a cidade necessitava de espaços de esporte, lazer e cultura para a população. Com o tempo e o desenvolvimento da indústria têxtil, alimentícia e metal-mecânica, a cidade cresceu, surgiram novas necessidades e em resposta a elas, o parque foi se adaptando. O espaço onde se encontra até então era uma área de cultivo de arroz, acabou sendo reflorestada com espécies endêmicas e exóticas. Apesar das espécies exóticas que também o habitam, o parque contribui com a conservação de aves da floresta atlântica, inclusive algumas com interesses conservacionistas que são vulneráveis no estado.

Também, a região era carente em relação a espaços de cultura e lazer, o parque contribuiu para fomentar essas áreas contribuindo assim com o desenvolvimento humano da cidade. Outro ponto a ser ressaltado é o turismo que acabou se desenvolvendo devido ao parque e a empresa apoiar o esporte e lazer não só amador, como também o profissional. Segundo o pesquisador Kayuã Girardi “o parque foi um ponto chave para o desenvolvimento não só econômico, mas também esportivo e cultural contribuindo assim para bem estar social da população”. Já para Juliano Nazário “além de seu papel na preservação ambiental, o parque se converte também em fonte de investigação e pode contribuir em questões relacionadas a culturas e identidades presentes na região”. A pesquisa concluiu que a preocupação socioambiental de uma empresa privada acabou criando um espaço modificando os processos de desenvolvimento local, tendo um papel de agente para o desenvolvimento regional para o seu entorno. Devemos ressaltar que as cidades vizinhas também acabaram se beneficiando de uma forma indireta, principalmente por Jaraguá do Sul ser uma cidade referência para os pequenos municípios da região. 

*As imagens foram produzidas na matéria de Assessoria ministrada pelo professor Sandro Galarça, pelas alunas Rafaella Schalinski, Letícia Werner e Julia Weiers do curso de Publicidade e Propaganda da FURB.

Matérias relacionadas:
25/04/2019 Pesquisa analisará a História Ambiental do Desenvolvimento Regional no entorno do Parque da Malwee em Jaraguá do Sul-SC

sábado, 11 de julho de 2020

Página do grupo na rede Facebook

No início do mês foi criada a página de divulgação das atividades do GPHAVI no Facebook. Na rede social já existia um espaço do tipo grupo. Agora com a página ambos os espaços estarão divulgando as notícias da História Ambiental assim como o que acontece no grupo de pesquisa da FURB. Além do Face, existe um projeto de criar uma página no Instagram. As páginas das redes sociais estarão vinculadas com um link na barra lateral do blog. Curta nossa página no Facebook e receba as informações sobre as atividades do GT Nacional de História Ambiental, GT de Santa Catarina e notícias em geral sobre a área e assuntos relativos.


quinta-feira, 25 de junho de 2020

Agrotóxicos, Rachel Carson e a História Ambiental

No vídeo a historiadora Bianca Letícia de Almeida apresenta sua pesquisa de mestrado em História Ambiental sobre a circulação do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson na imprensa brasileiral. Para saber mais sobre a pesquisadora clique aqui.




sexta-feira, 5 de junho de 2020

GPHAVI completa 16 anos na FURB

Neste dia 05 de junho de 2020 o nosso grupo faz 16 anos de atividades na Universidade Regional de Blumenau. O grupo é uma iniciativa dos pesquisadores Martin, Gilberto e Vanessa, e surge com um projeto de iniciação cientifica para pesquisar as relações sociedade e natureza no entorno do Parque Natural Municipal Nascentes do Garcia, tendo como bolsista Martin e orientador Gilberto. Para poder cadastrar o projeto era necessário professor e estudante estarem vinculados a um grupo de pesquisa do CNPq. De lá para cá mais de 30 pesquisas foram desenvolvidas, mais de 40 estudantes passaram no grupo Além de atividades na graduação, o grupo desempenha atividade na pós-graduação, já tendo ofertado uma disciplina de História Ambiental de Santa Catarina em curso de Especialização, e uma disciplina em mestrado e doutorado de História Ambiental e Desenvolvimento Regional, e através de Gilberto, é possível orientações de mestrado e doutorado analisando História Ambiental e Desenvolvimento Regional no Programa de Pós-graduação de Desenvolvimento Regional da FURB. Hoje o grupo conta com 7 pesquisadores, 3 estudantes na pós-graduação e 4 na graduação. As atividades de pesquisa, principalmente na graduação, são fomentadas por programas públicos como o PIBIC CNPq, e pelo Estado de Santa Catarina o PIPe e FUMDES do UNIEDU. Veja o espelho do grupo clicando aqui. 

A primeira pesquisa que estabeleceu a criação do grupo foi organizada e transformada em vídeo documentário. Dela fizemos o Memórias do Parque. Com direção, e produção de Diego Dambrowski, pesquisa de Martin Stabel Garrote e Vanessa Dambrowski, o documentário de 55 minutos foi fomentado pelo Fundo Cultural de Blumenau em 2006, e distribuído em 52 escolas de Blumenau. Já foi apresentado em diversos momentos na Fundação Cultural de Blumenau, FURB, e está disponível em nosso canal. Ele apresenta trechos de entrevistas de moradores do entorno, onde está a comunidade da Nova Rússia, e pesquisadores do parque envolvidos com sua criação.

Bom cinema!



GPHAVI - FURB
Grupo de Pesquisa de História Ambiental do Vale do Itajaí
16 anos pesquisando a História Ambiental da Mata Atlântica do Vale do Itajaí - SC.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Solte o verbo sobre as Unidades de Conservação

Os Parques Nacionais ou as áreas naturais protegidas são importantes para garantir a conservação da biodiversidade e garantem a manutenção dos territórios dos povos tradicionais garantindo a preservação de sua cultura e economia. É um espaço sociotécnico que garante além da conservação da natureza, fundamentais serviços ecossistemáticos que dão a manutenção para as práticas econômicas das áreas rurais e urbanas, e inspiram atitudes diversas que promovem o Desenvolvimento Regional Sustentável. 
Não é apenas a opinião do GPHAVI, mas a da Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação. A Rede Pró UC.  

A Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação.  A Rede Pró UC é uma organização não governamental advocacy, ou seja, trabalhamos em conjunto com outras organizações e pessoas, e temos como missão “contribuir para proteger, fortalecer, aprimorar e ampliar o conjunto das Unidades de Conservação da Natureza no Brasil, especialmente as de Proteção Integral”. A instituição foi criada em 1998 por um time de conservacionistas que buscavam consolidar a Lei 9985/2000, que rege o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, e desde sua fundação tem somado esforços, buscando ampliar sua representatividade e impacto em prol da proteção dos ambientes naturais. Nós acreditamos que conservar a natureza é um dos melhores serviços sociais que se pode prestar à sociedade, pois garante condições e qualidade de vida para essa e as futuras gerações, e que Unidades de Conservação são a ferramenta mais eficiente para alcançar esse objetivo. Mais de 70 pessoas, entre cientistas, professores e pesquisadores, estudiosos e ambientalistas defendem a existência dos parque para a conservação e própria existência da sociedade humana: Veja  essas opiniões clicando aqui!

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terça-feira, 2 de junho de 2020

Programa Sem Censura: Preservação dos Parques Nacionais

Foi transmitido no dia 16 de fevereiro de 2017 no programa da TV Brasil Sem Censura o programa Preservação dos Parques Nacionais. No programa informações e opiniões foram debatidas pelos convidados, o  advogado Francisco Carreira, especializado em direito ambiental; Lucas Saldanha Werneck atuante em temas do meio ambiente; Ernesto Viveiros de Castro, biólogo dirige o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; José Augusto Pádua, historiador ambiental, e pesquisador das relações entre sociedade e natureza, coordena o Laboratório de História e Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Chico Schnoon atua com a a educação ambiental. Na página do programa o debate está dividido em 4 partes. Acompanhe acessando aqui!

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Pesquisadores publicam pesquisa na Revista DRd Desenvolvimento Regional em Debate

Pesquisadores Gilberto e Martin aprovaram recentemente o estudo Usos exploratório e sustentáveis no entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí em Indaial-SC na revista DRd Desenvolvimento Regional em Debate, no volume 10 de 2020, revista do programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado.O estudo trata das relações sociedade e natureza para compreender os usos exploratórios e sustentáveis da natureza das comunidades localizadas na zona de amortecimento (ZA) e entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI), especificamente no município de Indaial, Vale do Itajaí (SC). 
O objetivo da pesquisa foi investigar a história dos usos dos recursos naturais da natureza antes e após a criação do PNSI em 2004. Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter histórico baseada em fontes bibliográficas, especialmente regionais, e o acervo de transcrições e áudios de entrevistas do grupo de pesquisa. A identificação de iniciativas de usos sustentáveis nas comunidades consistiu na aplicação de questionários com proprietários de empreendimentos. A atividade de campo inclui a observação da paisagem para identificar o processo de ocupação e uso dos recursos naturais. Averiguou que até a década de 1980 o desenvolvimento das comunidades associava-se basicamente à agricultura e exploração madeireira. A partir de 1990, leis ambientais proíbem a exploração da Mata Atlântica e rompem um período de intensa exploração. A criação do PNSI consolida o processo de proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos na região, que favorece a conservação dos atrativos naturais e propiciam o desenvolvimento de empreendimentos e atividades de lazer.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Estudante pesquisador do grupo desenvolve TCC sobre a História do GPHAVI!

Juliano João Nazário é estudante de História da FURB, e desde 2018 vem participando das pesquisa do grupo, iniciando com uma pesquisa que investigou a História Ambiental de comunidades do entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí, é idealizador, autor e pesquisou como bolsista a História Ambiental e o Desenvolvimento Regional do Parque da Malwee em Jaraguá do Sul. Tendo sua passagem pelo grupo resolveu produzir uma pesquisa para seu TCC de História que e analisa a História do grupo. Projeto que foi aprovando recentemente pelo programa FUMDES do UNIEDU: GPHAVI: a História de um grupo de pesquisa de História Ambiental na FURB, coordenado pelo pesquisador Gilberto com orientação de Martin.

Conforme Juliano, a problemática ambiental se insere na agenda da produção acadêmia principalmente a partir do pós-guerras. Uma das últimas ciências a adotar a abordagem da problemática ambiental foi a História, e dela uma linha de pesquisa denominada de História Ambiental inicia a denunciar os processos negativos do desenvolvimento capitalista. A partir de 1970, associações, eventos, e grupos de pesquisadores se formam pelo mundo. Em santa Catarina, ocorre o mesmo, sendo na Universidade Regional de Blumenau registrado um grupo cadastrado e certificado que atua desde 2004. 

O objetivo geral é historiar o Grupo de Pesquisa de História Ambiental do Vale do Itajaí presente na FURB compreendendo o contexto e o processo histórico de criação do grupo, quantificar e qualificar a produção acadêmica que foi desenvolvida entre 2004-2020 e classificar e associar a produção do grupo conforme os temas, fontes e linhas de pesquisa da área e associar essa produção às dimensões da História Ambiental.

O Grupo de Pesquisas de História Ambiental do Vale do Itajaí - GPHAVI, é um grupo de pesquisa interdisciplinar vinculado à Base de Grupos do CNPq, ao Departamento de História e Geografia e Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional, do Centro de Ciências Humanas e da Comunicação - FURB. O grupo investiga e produz conhecimento sobre a História Ambiental no Brasil, Santa Catarina e do Vale do Itajaí. Também realiza serviços técnicos especializados através da Universidade para a comunidade. Na universidade atua com pesquisa, extensão e ensino com projetos no Ensino Médio, Graduação e Pós-graduação. Na comunidade atua através de parcerias pela prática da extensão (FURB, 2020).

Segundo Lilia dos Santos Seabra (2019, p.14), em pesquisa realizada no ano de 2015, a maior parte dos pesquisadores em História Ambiental "está concentrada nas regiões sul (46%) e sudeste (34%) do país. Nestas regiões, vale destacar, está concentrado o maior número de núcleos de pesquisa em História Ambiental". Sendo a Universidade Federal de Santa Catarina o principal polo de pesquisa contando com a metade dos pesquisadores da região Sul. Ainda, conforme Seabra (2019, p. 14) "há, no país, um notório avanço nos estudos da História Ambiental, com diferentes pesquisadores envolvidos e temas variados". Nessa toada, é oportuno analisar de que forma a pesquisa vem se desenvolvendo no GPHAVI, um laboratório periférico de Santa Catarina. Permitindo, assim que haja um melhor entendimento dos focos de pesquisa, o que pode levar a um melhor planejamento de futuros projetos do grupo, bem como, uma maior clareza para aqueles que venham a desenvolver interesse de ingressar na pesquisa sobre a História Ambiental na FURB. Outra contribuição a ser destacada é a de tornar visível para a comunidade acadêmica e comunidade em geral, os trabalhos e contribuições realizados pelo Grupo de Pesquisa em História Ambiental do Vale do Itajaí.

A pesquisa e o TCC de Juliano estão em desenvolvimento, e os resultados poderão ser acessados pelo nosso blog. Fique ligado e acompanhe as notícias!

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Duas novas pesquisas pelo PIPe em 2020

Foi divulgado resultado do Edital FURB PROPEX18/2019 – PIPe/Artigo 170 - 2020 e tivemos 2 projetos aprovados: tendo como foco as pesquisas do pesquisador Gilberto foi aprovado o projeto Representações da natureza e descrições da paisagem do Vale do Itajaí-Acú no século XIX; E com foco nas pesquisas de Martin e Gilberto o projeto Investigando o acervo científico do Grupo de Pesquisa de História Ambiental do Vale do Itajaí (GPHAVI) para entender o desenvolvimento regional do entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí - SC. Os estudantes interessados em bolsas de pesquisa devem estar inscritos no UNIEDU e no Cadastro Sócio-econômico da FURB. Veja na integra em: Edital e Resultados.

domingo, 29 de março de 2020

Notas para uma geopolítica do corona virus - texto de Guillermo Castro H

La pandemia del COVID 19 nos avisa que la globalización –con todo su extraordinario desarrollo de las fuerzas productivas– ha ingresado en una fase en la cual las relaciones de producción vigentes impiden producir las transformaciones ambientales y sociales necesarias para hacer de la Humanidad la patria de todos los humanos. Para ver o texto completo clique aqui.

terça-feira, 24 de março de 2020

Corona vírus: uma interpretação ecológica - texto de Arthur Soffiati

Pelos meios de comunicação, sobretudo pelas redes de televisão, as informações sobre cuidados com a higiene pessoal e as orientações para não criar pânico invadem as residências mais que o próprio vírus da novo Corona. Estamos tão imersos no dia a dia da pandemia que não nos interessa saber as causas profundas das doenças transmissíveis. As TVs dedicam tanto tempo insistindo no controle do pânico que as pessoas acabam concluindo que deve haver algo perigoso e que mereça pânico.
Em perspectiva histórica, as epidemias ganham terreno cada vez mais amplo quanto maior a expansão de alguma civilização. A peste negra, no século XIV, veio da Ásia e provocou mortandade em massa na Europa Ocidental. O contato principal entre oriente e ocidente era, então, feito pelos muçulmanos e venezianos. Foi por eles que a bactéria causadora da peste entrou na Europa e devastou sua população.
Os micro-organismos não eram então conhecidos. A medicina se confundia com o curandeirismo. A bactéria hospedava-se no rato preto e era passada dele para humanos pela pulga. De um catolicismo ainda muito fundamentalista, a população julgou que a peste era um castigo de Deus ou maldição do Demônio. Bodes expiatórios foram logo eleitos pelo povo: as mulheres consideradas feiticeiras e os gatos. Estes quase exterminados por serem animais diabólicos, quando, na verdade, combatiam os ratos.
A peste não alcançou a América e a Austrália por motivos óbvios: os dois continentes não estavam integrados ao sistema comercial eurasiano por serem desconhecidos. Com a expansão da civilização europeia e do seu sistema econômico, doenças para as quais o organismo dos ocidentais já havia criado imunidade manifestaram-se com virulência nos povos americanos, que as desconheciam, como a varíola, a sífilis, o sarampo, a tuberculose e a simples gripe. Houve extermínio em massa causado pelo mero contato ou propositalmente. As doenças viajavam de caravela então. Para continuar a leitura clique aqui.

segunda-feira, 16 de março de 2020

A partir de hoje as atividades presenciais no laboratório do grupo estarão suspensas como prevenção do Covid 19



A coordenação do Grupo de Pesquisa de História Ambiental do Vale do Itajaí informa que a partir de 16 de março de 2019 estaremos realizando as atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma remota. Qualquer dúvida ou informação poderemos responder através do e-mail, WhatsApp ou redes sociais do grupo.





terça-feira, 10 de março de 2020

Recebemos a obra: O povo Xokleng Laklãnõ: o povo do Sol

Como é gratificante ver o resultado de muita pesquisa e extensão acadêmica sendo traduzida para uma linguagem acessível como o "Gibi", com uma mensagem importante que mostra as problemáticas da construção da Barragem Norte na terra indígena, ao povo indígena, e pelo ponto de vista histórico dos sujeitos que foram atingidos. 

Agradecemos ao Historiador Rodrigo Wartha, assim como aos demais envolvidos pela doação da obra O POVO XOKLENG LAKLÃNÕ O POVO DO SOL ao acervo do GPHAVI. É um material decorrente das atividades dos autores em projeto realizado com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura, Esporte, Fundação Catarinense de Cultura (FUNCULTURAL e Edital ELIZABETE ANDERLE/2017) realizado no Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento - GPEAD na FURB, com a Escola E.I.E.B Vanhecú Patté





   

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Taller de História Ambiental para América Central e Caribe

Aconteceu em outubro de 2019 em El Salvador a Oficina de História Ambiental para América Central e Caribe. O evento foi financiado pelo Consórcio Internacional das Organizações de História Ambiental ("International Consortium of Environmental History Organizations" (ICEHO), e contou com a organização da Universidade Nacional de Costa Rica, Universidade de El salvador, Universidade Autônoma de Honduras e Universidade Indiana e do Caribe de Bluefields da Nicaraguá. Confira o vídeo e veja como ocorreu a criação do desenho do curso de História Ambiental para América Central e o Caribe, e da Rede de História Ambiental para a América Central e o Caribe.



Fonte: PICADO, W. Vídeo do Taller de Historia Ambiental para América Central y el Caribe, El Salvador, 2019. Recebido em 28 de fevereiro de 2020 pelo Correio Solcha (correosolcha@googlegroups.com).

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Entre publicações e discursos: as relações sócio ambientais da revista Blumenau em Cadernos (1957-1962 / 1980-1984)

Dia 06 de dezembro de 2018
Wilhan Verner Zilz participou de duas Iniciações Científicas no GPHAVI: inicialmente em um estudo sobre a História Ambiental do território dos pescadores artesanais no Canal do Linguado- SC, e na outra pesquisa analisando o desenvolvimento regional nas comunidades do entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí - SC. Finalizou a sua formação em história na FURB investigando no seu TCC as relações socioambientais apresentadas nas publicações da revista Blumenau em Cadernos. 

Resumo

Diante do desenvolvimento de novas tecnologias e transportes, ocorreu um encurtamento nas distâncias, facilitou o acesso e o aumento da escala produtiva / consumidora. Com essas facilidades a humanidade acompanhou sua população global aumentar exponencialmente, rumando para uma crise ambiental sem precedentes, devido a má utilização dos recursos naturais e à poluição. Após os alertas ambientalistas emitidos em publicações e Conferências Internacionais, novas demandas passaram a ser consideradas para o desenvolvimento das nações. Assim como passou-se a repensar os paradigmas das relações socioambientais. Neste contexto, o objetivo deste lavrado é analisar as relações socioambientais expressadas em 78 artigos da Revista Blumenau em Cadernos entre os anos de 1957-1962 e 1980-1984. E através de análise comparativa, relacionar as particularidades que circundam as relações socioambientais destes contextos, respectivamente, antes e após a Conferência Ambiental (1972). Através das análises percebeu-se que o meio ambiente passou de plano de fundo e escala de desenvolvimento, para ser reconhecido como sinônimo de qualidade de vida. Notou-se algumas rupturas nas concepções ambientais, como nos sistemas rudimentares de tratamento de resíduos, o combate à comportamentos nocivos à natureza (desmatamento, caça, poluição água/ar); a diminuição da produção e diversidade agrícola. Permitiu conhecer as contribuições do periódico ao publicar os esforços e as tentativas de se conscientizar a população (ações e eventos), que resultaram em Decretos de áreas de Conservação, na proteção das matas ciliares. Evidenciou-se através de parte dos planejamentos e fiscalização para o controle de resíduos e poluição, um aumento na preocupação para se preservar o meio ambiente.

Com orientação do professor Dr. Gilberto Friedenreich dos Santos, o TCC Entre publicações e discursos: as relações sócio ambientais da revista Blumenau em Cadernos (1957-1962 / 1980-1984) pode ser acessado na integra no repositório da FURB, clicando aqui.




quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Pesquisadora Vivian apresentará sua tese de doutorado em Desenvolvimento Regional

Marcada a data para defesa de Vivian Costa Brito, que apresentará a tese O Território têxtil: relações sociespaciais entre a rede formada pelas industrias maquiladoras de exportação da zona metropolitana de Ciudad del Este (região de fronteira do Departamento do Alto do Paraná, Paraguai) e o sistema produtivo regionalizado de Blumenau (Santa Catarina, Brasil), pesquisa orientada por Gilberto Friedenreich dos Santos. Veja a seguir a chamada pública da defesa emitida pelo PPGDR da FURB, com data, local e horário:


DEFESA PÚBLICA DE TESE


O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau convida toda a comunidade, para assistir a defesa pública de tese da doutoranda  VIVIAN COSTA BRITO  cujo título é:

O TERRITÓRIO TÊXTIL: Relações socioespaciais entre a rede formada pelas Indústrias Maquiladoras de Exportação da Zona Metropolitana de Ciudad del Este (Região de Fronteira do Departamento do Alto do Paraná, Paraguai) e o Sistema Produtivo Regionalizado de Blumenau (Santa Catarina, Brasil)


Banca Examinadora:

Prof. Dr. Gilberto Friedenreich dos Santos - FURB
Prof. Dr. Fabio Borges –  UNILA
Profa. Dra. Isa de Oliveira Rocha   – UDESC
Prof. Dr. Ivo Marcos Theis – FURB
Prof. Dr. Leonardo Brandão – FURB
Suplentes
Prof. Dr. Clovis Reis – FURB
Prof. Dr. Valmor Schiochet - FURB


Dia: 27 de fevereiro de 2020 (quinta-feira)
Horário: 09:00 horas
Local: sala F 101  
Campus 1 da FURB

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Revista Fontes publica dossiê "Fontes para a História Ambiental"


A revista fontes apresentou o dossiê Fontes para a História Ambiental. "Este número da Revista de fontes é dedicado a textos que apontam caminhos a seguir nos estudos da história ambiental. Área dos estudos históricos relativamente nova por sua abordagem global, como apontam os organizadores do dossiê, Janes Jorge e Patricia Raffaini em seu texto de apresentação, com enorme relevância social e assim política, ela aqui se desdobrou em cinco vertentes. Os autores destes artigos propõem abordagens metodológicas e/ou tipos documentais específicos ao campo. Bianca Lucchesi, por meio sobretudo de documentação do Centro de Memória da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, mostra como representações fotográficas do começo do século XX ajudam a entender o embate entre a construção de identidades urbanas e rurais na São Paulo do período. Elenita Pereira e Sara Fritz, a partir da documentação privada de José Lutzemberger estudam a participação desse importante ambientalista do último quarto do século XX na constituição de fundações que tinham como conceito-base a teoria de Gaia. Bianca de Almeida, a partir de O Turista aprendiz (1927-1929), de Mário de Andrade, aponta caminhos para o uso de obras literárias e memorialísticas para a compreensão das interações entre o homem e a natureza. Roger Colacios toma como foco de análise a legislação ambiental brasileira, trazendo os Direitos Ambientais como instrumento analítico para essa legislação. Finalmente, o artigo de Marcio Bertazi tem como objetivo discutir como textos filosóficos, a partir de conceitos como o de ecologia profunda, podem auxiliar nos estudos das rupturas entre a cultura e a natureza. Que a riqueza destas contribuições sirva de inspiração a novas pesquisas!" (Revista Fontes). Para acessar o dossiê da revista clique aqui!

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Pesquisador Alanildo do grupo defende sua tese em Desenvolvimento Regional

Foi apresentado no dia 28 de novembro a tese O programa de desenvolvimento sustentável de territórios rurais em xeque: uma avaliação do território Lençóis Maranhenses/ Munim no Estado do Maranhão, do pesquisador do grupo Alanildo Gomes Guimarães tendo como orientação o professor Gilberto Friedenreich dos Santos (GPHAVI) professor do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional. 

Para conhecer o estudo clique aqui (em breve)!


sábado, 9 de novembro de 2019

Artigo "Ensinando Humanidades Ambientais : Perspectivas e Práticas Internacionais"

Conforme os autores "Este artigo fornece a primeira visão internacional e uma discussão detalhada do ensino em humanidades ambientais (EH). É dividido em três partes. O primeiro oferece uma série de visões gerais regionais: onde, quando e como está ocorrendo o ensino de EH. Esta parte destaca alguma variabilidade regional importante na adoção do ensino nessa área, enfatizando diferenças importantes em contextos culturais e pedagógicos. A segunda parte é um envolvimento crítico com alguns dos principais desafios e oportunidades que estão surgindo no ensino de EH, centrando-se em como o campo está sendo definido, conceitos e idéias compartilhados, pedagogias interdisciplinares e a centralidade de abordagens experimentais e voltadas ao público para ensino". Para acessar o artigo completo clique aqui.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Revista História Crítica apresenta Dossiê Panorama atual da História Ambiental Latino Americana

Dossiê apresenta "Panorama actual de la historia ambiental latinoamericana", com estudos de atuantes pesquisadores da área como: Vladimir Sánchez-Calderón, Jacob Blanc, Katherinne Mora Pacheco, Elisabet Prudant, Anderson Dutra e Silva, Sandro Dutra e Silva, Claudia Leal León, Frank Molano Camargo. Para acessar o Dossiê clique aqui

domingo, 20 de outubro de 2019

Aconteceu na UFSC o 3º Congresso Mundial de História Ambiental
















Aconteceu em julho de 2019 na UFSC o III Congresso Mundial de História Ambiental. O evento foi organizado por um conjunto de universidades e instituições nacionais e internacionais e a UFSC através do LABIMHA - Laboratório de Imigração, Migração e História ambiental. 

3º Congresso Mundial de História Ambiental, 22 a 26 de julho de 2019, UFSC, Florianópolis, Brasil. Crédito da foto: Portal Serra.

O evento contou com mais de 280 pesquisadores de 35 países. Uma das participantes, a estudante Natascha Otoya, da Universidade de Georgetown , que vivenciou o evento, deixou como contribuição uma descrição do que vivenciou. Confira a seguir clicando aqui.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Vem aí o X Simpósio da Sociedade Latino Americana e Caribenha de História Ambiental - SOLCHA

Informações do evento clique aqui.
Ocorre no Ecuador entre 6 e 9 de julio o X Simpósio da Sociedade Latino Americana e Caribenha de História Ambiental - SOLCHA. As informações estão sendo disponibilizadas no site da FLACSO.

El X Simposio de la SOLCHA evidencia la consolidación de la historia ambiental en América Latina y presenta diversos retos, como el de ampliar las líneas de investigación. Algunos temas usuales han sido la historia del agua, ciudades, metabolismo social, ideas y prácticas de conservación, ambientalismos e imaginarios sobre la naturaleza. Por otro lado, hay temas menos explorados como las fronteras internas, tropicalidad, articulaciones con el darwinismo y la ciencia, historia ambiental antes de la conquista europea, teoría y metodología de la historia ambiental, entre otros.

Esas investigaciones no competen exclusivamente al campo de la historia ambiental, por lo cual la SOLCHA, a lo largo de estos años, ha mantenido e incrementado sus diálogos con otros campos de la historia y con la ecología política, agroecología, política ambiental, etnoecología, antropología ontológica, ingeniería y gestión ambiental, geografía, estudios territoriales, estudios del paisaje, entre otras epistemologías enfocadas en las relaciones entre sociedad y naturaleza. FLACSO Ecuador y su Departamento de Antropología, Historia y Humanidades, han acogido con entusiasmo la realización del X Simposio de la SOLCHA 

Mais informações em www.flacso.edu.ec/solcha2020 - simposio.solcha@flacso.edu.ec.